As horas me enganavam. As vezes elas passavam rápido demais, e as vezes demoram tanto que eu ficava angustiada.
As nuvens traiam o céu lá fora, na janela. Elas estavam passando rápido demais, sem deixar restígios ou marcas.
"Queria ser como o céu" - eu pensei.
Era fácil pensar assim, pensar nas pessoas passando pela gente sem deixar marcas ou dores.
O silêncio dominava meu quarto e eu podia jurar que estava ouvindo meus próprios pensamentos. Minha cabeça estava transbordando de acontecimentos.
Eu sabia por quem gostaria de lutar, eu sabia que era por ela.
Mas e o medo? Era um pavor imenso pensar em me magoar novamente.
Ela não me conhecia, mas eu sabia do que era capaz por ela. Eu não a conhecia e não sabia o que ela era capaz por mim.
Perguntas e mais perguntas - todas... sem repostas.
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