wake up

A noite foi curta. Acordei poucas vezes. Sede. Nunca bebi tão compulsivamente tanta água em uma única noite.
Os sonhos estavam calmos, embora eu não me lembre certamente deles.
Cores. Sonhos. Silêncio. É tudo que me lembro.
O cansaço havia me pegado em jeito. Eu dormi e de repente acordei com um barulho que vinha de longe — cheguei até pensar que era meu sonho — mas o barulho não estava longe, era meu despertador.
Levantei como uma pessoa sem vida, peguei o telefone e liguei.
— Amor, volte a dormir — ela cochichou.
— Tá — eu nem sabia o que estava falando, ou fazendo. Eu estava realmente cansada.
Por mais que eu dormisse eu me sentia assim. Dormi de novo e acordei tarde demais.
Levantei num pulo da cama, desesperada por ter dormido mais do que o normal.

A música já invadia minha mente, e eu estava bem.