terça-feira, 11 de agosto de 2009

Menina vazia

Menina vazia, se enfeita, se arruma e se põem a sair.
Seus casos pela cidade. Homens ricos, pobres e os que se matam pelo seu amor.
Pagam-lhe bebidas, pagam-lhe carroagens caras.
Pagam-lhe seus passeios. Se escravizam pelo seu amor.
Arrancam suas próprias roupas, para dar-lhe pra vestir.
Tudo por uma gota de seu amor, de seu carinho.
Menina vazia, passa a madrugada coletando coleções.
Fazendo amor, e destribuindo desgraças.
Corações despedaçados. Sonhos destruidos.
Menina vazia, volta pra casa e permanece em sigilo por semanas.
Resurge nas ruas, e encontra os mesmos homens caidos e mortos por um amor impossível.
Menina vazia, joga a gota de sua poderosa poção para reergue-los, para se sentir poderosa novamente.
Desfruta das vantagens e os mata novamente.
Menina vazia, volta novamente pra casa e se questiona: Quem eu tenho pra mim?
O vazio lhe grita enfim: Você não tem ninguém, e nada além de mim.

3 comentários:

  1. Eu gostei, porém achei que há muito a repetição da palavra "amor", o que pode soar estranho para o leitor ^^

    Rhaíssa

    www.conteudosuspenso.blogspot.com

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  2. noooossa profundo..adorei parece que vi uma pessoa conhecida ali...bom pra pensar em certas coisas....

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  3. Uma crônica que pode muito bem servir como relato de muitas mulheres, que ganham a vida como podem... marginalizadas pela sociedade, porém e desde tempos remotos, sempre requisitadas...
    Muito bem escrito,parabéns!
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    http://bloggalemdoqueseve.blogspot.com
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