sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

o que me faz gritar em silêncio.

E sabe o que eu mais gostava em nós?

O jeito como você abria os braços de lá de longe — só por ter me visto — pra poder me abraçar. E o modo como você fazia aquela carinha de criança mimada e sorria. Sorria com tanto amor que meu corpo inteiro doia — minha proteção é fraca quando é com você, é como se suas mãos tocassem além da minha pele. E quando eu chegava perto de você, seu cheiro invandia minha alma e meu coração gritava de tanta felicidade, que até a pessoa mais feliz do mundo era capaz de invejar. E meu êxtase era completado com aquela vozinha que eu amo tanto falando pra mim: oi meu amor. E logo em seguida sua dose de veneno penetrava por cada poro da minha pele, no corpo inteiro.
Gostava quando nós não nos perdiamos em meio a multidão de divergências. Quando tudo que importava era eu e você e nada mais que isso.
Gostava quando você limpava minha boca suja de açai. Ou quando enfiava um monte de marshmallows na minha boca, e depois pegava um pra você e apertava na boca.
Gostava até quando você me zuava, imitando o modo como eu te beijava as vezes, rs.
Era tão bom, né?
Nem tempestade de PEDRA fazia nossos dias ficarem ruins, muito pelo contrário, deixava eles com um pouco de nós, que era quase perfeito.
Gostava de como nosso "feitiço" era forte, a ponto de tocar até as pessoas que passavam por nós. Era tão nítido.
Gostava quando você me pegava no colo e me dava um cheirinho, rs — era seu cheiro favorito.
Gostava quando as músicas que nós ouviamos juntas falavam de amor, e não de corações partidos.
Gostava quando tinha controle, mas por nunca ter sentido isso de tocar a alma e tal, eu o perdi.
Gostava quando você olhava pra mim e perguntava: o que foi? Tá pensando no que?
E eu falava alguma coisa de nós ou de você, porque mesmo quando você estava do meu lado eu não parava de pensar em você.
Gostava de como era FÁCIL DEMAIS sonhar. Os tantos planos, sempre tão nítidos em minha mente que era quase possível agarra-los.

"— Nunca mais vai ser assim, né?
— Esse nosso jeito (quase) perfeito.
— Eu não sei...
— Essa é uma pergunta que não posso te responder."

Ah, como eu gostaria de poder te falar: Não, nós vamos conseguir, aguenta firme.
Mas como eu posso falar uma coisa tão imprevísivel, tão invisível que só saberemos se de fato acontecer.
Mas se tem algo que eu posso te dizer é que de uma forma ou outra, passe o tempo que for, eu sempre vou me apaixonar por você de algum modo. E eu sei que você também.....

5 comentários:

  1. nossa!
    belo texto e um layout bem legal...
    já estou seguindo e vou participar diáriamente
    grande abraço e boa sexta


    Visite-nos
    http://futebobeiras.blogspot.com/
    Siga se possível

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  2. Concordo com o colega acima, lindo o blog e o seu texto e muito sensivel e com muito sentimento.

    abç

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  3. Este texto retrata o que acontece quando duas pessoas têm química. Tá de parabéns.

    Saudações !!

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  4. Alguns textos acabam retratando algumas coisas pra gente, né? Além da química, já falada aqui nos comentários, retratou o lado positivo de um relacionamento, mesmo com os verbos no passado. Muito bom mesmo!!
    E eu gostei muito dessa frase, no final: "eu sempre vou me apaixonar por você de algum modo".

    Beijos
    Ingrid Brasilino

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