quinta-feira, 1 de julho de 2010

Oposto

Fico aqui, incrédula, me perguntando como você me atura?
Eu tão perdida na estrada da vida, sem sonhos, sem crenças, sem paciência.
Já você tão mais calma, que chega a me quebrar em pedaços, fazendo com que eu me sinta as vezes uma criatura tão vazia, um monstro talvez.
Eu não era assim, sabia? Eu acreditava tão cegamente nas coisas, acreditava tanto nas pessoas, no amor, na vida.
Hoje já nem sei mais no que acredito. As vezes me pego me contradizendo, ou fazendo coisas que eu mesma sei que não são legais, mas que culpa eu tenho? Me fazem acreditar e me quebram os sonhos.
Você não tem culpa também. Não, nenhuma! Você é o oposto disso. Você é a pessoa que está recolhendo, caco a caco, meu coração, meus sonhos, meu eu — e eu sei que suas mãos se machucam.
Na verdade você não merece nenhuma das minhas reclamações tolas — você não tem culpa do mundo ser assim e mesmo assim eu reclamo do mundo.
Faço-te sentir mal. Que tolice a minha.
Mas antes de terminar esse post e deixar todos pensando que eu sou uma completa idiota eu venho reforçar que eu AMO você.
Você me ensinou a te amar com tanta facilidade.
Você me renova os sonhos, mesmo eles morrendo tão rapidamente.
Você me mostra o outro lado das cartas. O OPOSTO!
É, agora eu entendo tanto mais do que antes, e não entendo NADA.
A vida não está ai pra ser entendida, né? Está ai pra ser vivida.
E se tem uma coisa que eu posso falar com a boca cheia de verdade é que você me devolveu a vida que eu havia perdido.
E isso é uma coisa que eu nunca vou me esquecer.

Eu te amo

Um comentário:

  1. que lindo, qto. tempo nao escrevo algo para alguém tão corajosamente como vc! deu até invejinha, mas inveja boa viu? adoro os seus textos!
    bjokas

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