Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

Alone in the dark
Esse título me lembra um jogo, que me lembra uma época, que me lembra coisas boas e felicidade.

A noite havia chegado e juntamente com ela a escuridão tomou conta do meu quarto.
Os pensamentos sórdidos vagavam em minha mente.
Eu nunca tive medo de ficar sozinha. Na verdade, nunca precisei ter.
Eu sempre fui bem mimada, rodiada pelo amor de meus parentes. Da minha mãe que praticamente me tratava como uma princesa, dos meus primos, que eram como irmãos pra mim.
E agora o que eu tenho? Sim, eu sei, continuo tendo todos, mas.. diferente.
Sinto saudades da minha mãe e fico me questionando porque eu não passei mais tempo com ela depois que vim morar com meu pai. Quando ela mais precisou de mim.
Talvez eu seja um lixo de pessoa, ou talvez eu estava tão abalada com as coisas que estavam acontecendo que não me dei conta que ela também estava.
Eu só gostaria de abraça-la agora e dizer que a amo.
Meus primos cresceram, eu cresci, as brincadeiras, as conversas.. tudo mudou.
Eu sou o único ser humano inútil e desocupado do mundo?
Eu odeio ser assim, viver assim - tão sozinha.
Eu sei que não estou sozinha, eu sei disso, mas eu sempre fico tão sozinha enquanto meus amigos e pessoas queridas estão fazendo coisas certas, crescendo na vida.
E eu, aqui, parada. Prendendo minha mente em milhoes de pensamentos que só me fazem mal. Imaginando situações, criando outras, sendo dominada pelo medo de uma mente criativa.
Eu sinto medo, sinto insegurança. Maldita insegurança, porque me persegue?
Eu sinto saudades. Eu sinto tudo.
As vezes desejo ser menos sensitiva, não ser tão detalhista.
Não conseguir entender o significado real e malicioso das coisas.
As vezes desejo ser criança novamente..
Pura e inocente.
E sempre desejo estar com você.