domingo, 29 de março de 2009

Querer

Queria poder andar descalça na rua, sem ter um título de "mendiga".
Queria poder deitar no parque e ficar horas olhando o céu sem ter o título de "louca".
Queria fazer as coisas como eu bem quero ser ter ninguém pra me julgar, pra me chamar de chorona ou de fraca, pra me chamar de corajosa ou de forte, pra me chamar de trouxa ou qualquer outro adjetivo ridículo.
Quero ser eu em todos os momentos, quero olhar os outros na rua sem ver a tristeza rotineira, o cansaço e o stress.
Quero olhar as pessoas, sem julgamentos pré-conceituosos, estudar seus modos de agir.
Quero a inocência perdida, o libertamente da maldade, da crueldade.
Quero caminhar na chuva com roupa e poder sorrir, sem reclamar do frio ou do meu cabelo que molhou.
Quero pessoas de verdade, com defeitos — daqueles que podemos ajeitar com lições de vida.
Quero um mundo de todos, sem estereótipos, com acontecimentos inusitados que unissem mais as pessoas.
Eu quero um mundo que não existe — e já que ele não existe, o que me resta é tentar fazer a minha parte.
Ensinar aos que estão à minha volta as coisas que eu sei, a minha pouca inteligência e meu pouco conhecimento perante a imensidão do mundo.
Eu quero ser mais pra MIM, eu quero ser mais pra TODOS.
Eu quero ser alguém lembrado, mesmo depois de morta.
Eu não quero o mundo ao meus pés, eu quero apenas poder olha-lo lá de cima e saber que a minha parte como pessoa eu fiz.
Eu quero ser feliz todos os dias, com ou sem problemas.
Eu quero ser humana, e somente isso.

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