sábado, 4 de abril de 2009

Pensamento de uma noite.

Sentada na janela do meu quarto descubro um mundo novo.
No meio de tantas nuvens lá estava ela, brilhando, olhando pra mim, piscando.
Brilhava intensamente sem perder seu charme, sem perder sua graça.
Para muitos a esperança é alguma coisa morta e sem valor moral algum, hoje em dia.
Se as pessoas olhassem mais para as estrelas, assim como eu mesma costumo fazer, se as pessoas procurassem entre as nuvens um único brilho elas saberiam o quanto a vida é bonita.
Existem dias tristes, dias sombrios, onde nem mesmo uma única estrela consegue aparecer na imensidão do céu — e por falar em imensidão do céu, puderá eu ser um ser alado, vagar por essa tal imensidão, conhecer os lugares mais frios e os mais quentes, voar sem parar, sem ter um lugar pra ir, sem ter alguém pra encontrar, simplesmente voar sem rumo, sem a solidão, afinal, numa imensidão tão pura quanto o céu não existe solidão, e sim beleza.
Um tom de roxo escuro com cinza dominava a noite de hoje, as luzes da cidade poluindo essa tamanha beleza, o som da rua vagando como uma música mal tocada, uma melodia tosca e grosseira.
E se cada som fosse diferente? E se cada som fosse tocado como uma nota bonita, tirada de uma grande melodia criado por gênios? A felicidade seria simples de ser encontrada... tsc mas que comentário ingrato esse que acabei de fazer.
A felicidade pode sim ser encontrada com tamanha facilidade, não se precisa de música, não se precisa de beleza, apenas de amor.
Existe algo mais belo do que o amor? Tudo que temos nesse mundo foi, e é, fruto do amor.
As coisas mais bonitas se criam do amor, as palavras mais agradáveis se criam do amor, os sonhos se criam do amor. Talvez o que falte nesse mundo tão grande seja o amor, não importa o tipo dele, apenas amor.
Se as pessoas reclamassem menos e amassem mais cada mínimo detalhe de suas vidas as coisas seriam tão diferentes, tão bonitas.
Eu falo, falo e falo, mas sou como todos, um ser ingrato.
Tenho tudo que poderia ter, e eu sei que se eu fizer mais posso ter muito mais. Acho que me falta coragem, coragem de admitir que minha vida é boa, que eu tenho tudo que preciso e tudo que eu quero.
As vezes me faltam algumas coisas, mas pra quem não falta? Reclamamos por tão pouco.
Enquanto reclamamos de alguma coisa que não temos, alguma pessoa que tem isso, reclama de outra coisa que não tem e assim por diante.
A vida sempre vai ser assim, um ciclo, em todos os sentidos.
Nascemos, vivemos e morremos. Alguns com sorte de ter aproveitado tudo que esse planeta pode oferecer, outros, com pouca sorte, que não aproveitaram nada.
A noite segue, e vai calando-se aos poucos. O movimento de pessoas nas ruas diminuem, mas as nuvens nunca param de se mover.

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