terça-feira, 2 de junho de 2009

Outro dia.

Outra noite fria.
Seus olhos insistiam em fugir dos meus.
— Para de me olhar assim — você falava e se escondia.

Mas era completamente inevitável não te olhar, seus olhos são como imãs pra mim.
Eu estava com meu sol perto de mim. Não tão perto quando eu gostaria, mas ela estava lá. Eu queria grudar meu corpo no dela se fosse possível. Eu queria ficar o tempo todo do lado dela, não precisava de mais nada.

Ela estava sentada na cadeira, e eu em pé na frente dela.
Nossos rostos se tocavam, e em retorno meu corpo começava a tremer. Meu coração acelerava e o ar começava a me fugir.
Roubei um beijo e nossas cabeças cairam uma no ombro da outra.
Inevitável, nos beijamos como se fosse exatamente o primeiro e último beijo.
Os minutos se passavam e o mundo, realmente, tinha parado.
Enquanto nossos lábios dançavam, ela segurou minhas mãos geladas em contraste com as quentes dela.
Nossas mãos se entrelaçavam e meu corpo tremia mais ainda.

— Estou tremendo — eu disse.
— Eu também estou.
— Para de tremer — eu disse enquanto nossas bocas se encostavam e dançavam.
— Só se você sair de perto de mim.
— Então vai ficar tremendo.

Não dava. Definitivamente não dava.
Eu preferia estar morta do que ficar longe dela.

— Me promete uma coisa? — perguntei.
— O que?
— Promete que eu nunca vou te perder?
— Prometo.

Talvez o mais gratificante é saber o quanto minha familia gosta dela.
Ver minha vó falando aquelas coisas pra ela, foi quase tão bom quando senti-la do meu lado.
E novamente, o mundo conspira ao NOSSO favor.

"Não demore pra voltar, porque cada dia sem você eu morro um pouco."

Nenhum comentário:

Postar um comentário