domingo, 12 de julho de 2009

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Você já se sentiu desfocado? A ponto de se olhar no espelho e ver um corpo deformado, embassado?
Você já tocou as estrelas e foi puxado de lá de cima diretamente pro chão?
Você já olhou para o horizonte e não enxergou nada?
Já se questionou sobre coisas que nunca pensou que se questionaria?
Já chorou até não conseguir mais e depois chorou mais ainda por ter chorado?
Já se perguntou "quanto vale"?
Já se perguntou onde foi parar o amor? Ou o que aconteceu com ele?
Vocês já pararam pra pensar no que realmente vale a pena?
Já se lamentaram por se sentir confusos?? — afinal tendo um sentimento tão forte e bonito como esse, como você pode se sentir confuso?

Em nossas vidas, sempre encontraremos caminhos marcados por linhas tortas. Onde vamos cair, onde vamos se perder.
Nem sempre o caminho mais prático é o certo, mas nem sempre o caminho mais díficil é o qual não devemos seguir.
Quando se tem TUDO a perder, o que você faz?
Você se desespera e espera uma solução aparecer?
Você desiste dos seus maiores sonhos, e os deixa despedaçarem?
Ou você luta para manter tudo seguro?

E quando você perde a coragem e a força? O que você faz?
Se deixa caido no chão, em pedaços?
Ou você tenta, e tenta, e tenta, até conseguir se levantar?

Sou tão fraca, já chorei tanto agora, mas mantenho minha força nas minha crenças.
Acredito na minha capacidade e na minha coragem.

Embora eu quase nunca saiba como agir, eu me guio nas linhas tortas pra aprender o caminho.
O coração se parte, mas o corpo precisa de vida.
O sono some, mas a mente precisa de descanço.
As pernas perdem a força, mas sempre tem alguém em quem apoiar.

Sigo minhas linhas tortas sem medo de cair, sem medo de voar.
Porque diferente de muitos, eu não tenho medo de sentir.

Não tenho presa pra agir. Não tenho medo do tempo, tenho medo do arrependimento.
Não tenho medo do escuro, pois meus olhos se acostumam facilmente — as melhores coisas dessa vida, não podem ser enxergadas, mas podem ser sentidas. No escuro não dá pra ver, mas dá pra sentir aonde se está indo.
Não tenho medo da luz, pois ela me aquece, espantando todo o mal.
Não tenho medo do momento ruim, tenho medo do "pra sempre" ruim — como cada sensação na vida é momentânea, não se deve ter medo delas, sendo boas ou ruins.
Não tenho medo de tempestades, não tenho medo de me molhar, tenho medo de não me arriscar no momento turvo e perder a chance de ganhar uma batalha que pode ser vencida.
Não tenho medo de arriscar, tenho medo de não tentar.


Sensações são fulgazes, mas sentimentos perpétuos.




"E eu guardo esse sentimento em mim, seguramente, mas arranco dele os espinhos para que tal dor eu nunca volte a sentir."


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