segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

borrão

Paro pra pensar e nada vejo.
Não enxergo o caminho do meu futuro.
É como andar em uma ponte repleta de neblina à volta.
Você não enxerga aonde está colocando seus pés, você não enxerga se deve ir reto, se deve virar pra esquerda ou pra direita, ou se deve voltar.
Você procura por uma mão pra segurar e não encontra nada — porque aquela mão que você costumava segurar se perdeu pelo caminho.

Encontro pessoas pelo caminho. Pessoas que me trazem momentos de alegria, mas que logo se tornam rostos apagados, que nem a memória os guarda.
Procuro em minha mente meus sonhos e planos e a neblina invade tudo, não vejo nada.
Não me vejo com ninguém, não me vejo fazendo nada além do que costumo fazer hoje.
O que antes era tão fácil de fazer, agora é quase impossível — inevitável.

Não sei pra onde estou indo, mas continuarei meu caminho com a esperança de encontrar uma mão pra segurar firmemente, ou , quem sabe eu acabo encontrando aquela que eu costumava segurar.
Não sei, quem sabe?
Não espero por isso, não espero por nada.
Apenas ando cautelosamente entre a neblina, me equilibrando na ponte pra não cair e firmando meus passos para não flutuar — se é pra voar, que seja como sempre voei.

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