quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Foi um toque sutil, me pegou despreparada e me desmontou.
Como se um ventilador gigante assoprasse pra longe toda a mágoa, toda a neblina e escuridão.
Ela vê as coisas como eu via, com amor nos olhos.
Eu tentava procurar as palavras, mas elas me fugiam.
Era impossível me focar nas coisas dais quais eu reclamava tanto.
Era como se uma dose de luz fosse injetada diretamente no meu coração morto, podre;
como chegar a superfície de uma piscina e encher os pulmões de ar puro, a ponto de ofegar; como sentir o mar pela primeira vez, ou até mesmo sentir o sol depois de tanto tempo sem ele aparecer.
A ansiedade tomava conta de mim. Anseio por aquilo que estava por vir.
O meu EU verdadeiro de volta.
A menina sonhadora, que planejava uma vida inteira em poucos minutos.
A menina que deixava se levar pro alto, tocar as estrelas, sentir as nuvens geladas tocando a pele.
A menina que admirava o pôr-do-sol como um fim para um dia perfeito e o começo de uma noite de sonhos tão belos.
Só que eu não posso mais ser essa menina, eu posso ser uma MULHER assim.
Pra que me prender a uma vida de horrores REAIS, se as melhores coisas nós sentimos quando estamos em um conto de fadas?

Pode parecer besteira, mas acredito que nada é por acaso.
E se VOCÊ não for um anjo que entrou na minha vida eu ouso em dizer que você é a cor.

Me sinto até envergonhada e ao mesmo tempo fascinada com sua tamanha paciência.
Me trás de volta minha sensibilidade, que eu te ofereço o mundo.
Me acalmo por saber que se eu cair, eu vou olhar pra cima e enxerga-la com as mãos estendidas pra me levantar.
Sei que a jornada agora não será facil. Terei que me terrotar pra poder derrotar todos os meus anseios, mas nessa luta só haverá UM vencedor.
E eu sei que ele será a felicidade.

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