quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como se fosse a maior pecadora

Aí está você, me encarando nos olhos como se eu fosse a pior pecadora de todas.
Como se ter te amado tanto fosse o maior e pior pecado.
Você me olha com tristeza, como se a culpa de tudo que não deveria ter acontecido fosse minha, mas aconteceu porque a vida é sempre muito estranha e nos leva à lugares onde não queremos ir.
E como eu queria fugir da própria estrada que estava construindo.
E cada vez que você virava a cara pra mim, como se o fato de que eu te amava tanto fosse um pecado, um tijolinho dourado caia da minha estrada de lindos tijolos dourados — que me levariam ao tal mundo mágico dos sonhos que se realizam (quanta bobagem).
Mas não foi assim, de tijolinho por tijolinho que tudo se destruiu pra mim. Foi o seu ADEUS que deu aquela marretada em toda a estrada, me fazendo cair a uma velocidade estrondoza até eu cair no chão e não restar nada além de cacos minúsculos que por mais que eu tente recolhe-los eles nunca têm fim, estou sempre quebrada.
E a pior de todas as verdades é que eu me acostumei com o vento que passa pelo buracos que há em mim.
E tudo que eu ouço é o barulho do vazio que você deixou, e os ecos da minha voz gritando:
"Não volta, não quero mais você, mas volta por favor, não demora mais não, já não sei se vou conseguir sobreviver, apesar da vida ser melhor sem você, que mentira."


E eu continuo....

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