sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Olá querida


Te escrevo mais uma vez, talvez a última, quem sabe?
Desculpa se faz tempo que não te escrevo, tenho me impedido muito de demonstrar sentimentos que não vão mudar os fatos do presente.
O clima não está muito bom aqui, o que me entristece - chuva me deprime, mas seu barulho me dá um certa calma.
As cores da primaveira estão lindas, você devia ver.
Tenho aprendido tanto, que as vezes as informações se confundem dentro de minha cabeça. Esqueço do básico e penso no que SEI que devo deixar de lado.
Vou sobrevivendo, vou bem - o mesmo vento que me toca pode te tocar também.
Os dias passam rápido demais, as horas voam e meu anseio pelo novo e pelo melhor (pra mim, pra você, pra nós) cresce cada vez mais dentro de mim.
Quero mais - mais paz, mais tranquilidade, mais sorrisos, mais motivos, mais amor! Quero sempre mais!
Tropecei em algumas pedras, arranhei-me algumas vezes, mas você lembra querida, eu tenho coração forte e puro, eu me curo fácil!
Não caminhei todo esse tempo sem olhar algumas vezes pra trás, mas tenho perdido o costume - exceto quando ouço aquele canto que você sabia tão bem.
Seu canto me faz tremer, mas infelizmente não consigo julgar isso perfeitamente bom - as vezes penso em andar pra trás, as vezes penso em cantar também - mas ai algo trava em minha garganta e nada consigo falar, por isso estou aqui a te escrever.. Talvez para que você entenda algo que eu sinto, talvez pela última vez mesmo.
Pensei em cortar caminho na minha jornada. Vou subir a montanha ao invez de tentar contorna-la. Não que eu tenha presa, mas os ventos daqui tem o seu cheiro, que eu mal lembro mais.
Quando chegar lá em cima fecharei os olhos, e ouvirei meu coração. Se ele me mandar olharei pra trás só pra ter certeza, pela última vez, que você não está vindo atrás de mim.
Se não querida, continuarei sem pensar até o meu próximo destino alcançar.

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