terça-feira, 10 de março de 2009

Novembro - sem tiítulo

Eu estava consciente - pelo menos era o que parecia. Eu conseguia ouvir os barulhos dos carros na rua e o vento que balançava minha janela.
"Em quantos problemas eu já havia me metido por causa disso?" - eu me perguntava.
Minha mente vagou pra longe daquele pensamento. Eu pensava nela agora, o quanto eu a queria comigo. Dor maldita de vazio.
"Olha o rumo que nossas vidas levaram" - pensei. E mesmo assim era impossível não ama-la.
Eu a amaria cada dia da minha insignificante vida. Eu a amaria com toda a força que fosse possível. Eu a amaria além de todo o amor do mundo - afinal, isso não era difícil quando o assunto era ela.
Meu presente estava congelado, sem rumo. Meu passado estava intácto, como se tivesse acontecido ontem. Como se fosse um filme que eu amava ver, repetidamente, todos os dias. E o meu futuro era certo - ou pelo menos eu tinha certeza que seria.
Eu nunca tive certeza de nada, mas disso eu tenho.
Eu a amo, mais do que o brilho do sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário