sábado, 4 de abril de 2009

Me falta algo.

Olho para o céu escuro lá fora.
A noite não está quieta — em um sábado a noite, aqui em São Paulo era de se esperar.
Os carros passam na rua deixando um rastro sonoro.
Ninguém pode ouvir meus orgãos partindo ao meio, ninguém pode ouvir minhas lágrimas rompendo de meus olhos, mas eu não quero que ninguém os ouça afinal.
Eu busco uma estrela no céu para que eu possa fazer um pedido, mas nada encontro.
As vezes me pego parada na rua, olhando ao meu redor, procurando o tal rosto familiar o qual eu gostaria de encontrar.
Não consigo nem pensar qual seria minha reação, talvez ficaria imóvel, mal acreditando nos meus olhos, ou talvez eu correria para abraça-la e, assim, espantando de mim toda essa dor que me rasga.
Não importa onde você esteja, eu te carrego dentro de mim, do mesmo modo como você me carregou por nove meses, e do mesmo modo como você me carrega agora.
Difícil encontrar palavras pra descrever a minha sensação no momento, acho que a que melhor se encaixa é nostalgia.
Eu sinto sua falta e percebo agora, o que eu nunca havia nem pensado.
O quanto é ruim ficar longe de você, o quanto é ruim não poder olhar pra você, rir e falar: ai mãe para.
Ou até mesmo te chamar no meio da calada da noite falando que eu não estou bem, que estou com febre, e ver você preocupada querendo cuidar de mim.
Eu te amo hoje, amanhã e sempre.
Sinto saudades.
É só isso que consigo dizer.

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