sexta-feira, 12 de junho de 2009

Miss you..

As vezes eu me lembro dela, mas hoje eu me lembrei de tanta coisa. Foi como ver um filme passando na minha cabeça.
Lembrei do latido dela, do barulho que as patinhas faziam quando ela andava pela casa.
Lembrei dos rosnados, quando eu colocava uma meia na mão e ficava brincando com ela, ela a mordia e não soltava jamais.
Lembrei de quando ela ficava manhosa e eu a chamava... Ela vinha na minha direção cruzando as patinhas da frente e com a cabeça abaixada pra eu fazer carinho.
Lembrei daquela expressão na cara dela, olhando pra porta e depois pra mim, para que a abrisse pra ela sair.
Lembrei de quando ela foi mordida e mesmo estando toda machucada, ela NUNCA deixava de balançar o rabinho quando me via.
Me lembro de quando eu reclamava por ela ocupar todo o espaço da minha cama e não me deixar dormir direito — hoje eu daria tudo pra te-la esquentando meus pés, pra me proteger de noite.
Me lembro de quando ela já estava velhinha e cansada, e então ela não conseguia direito ir até a água dela, então ela ficava arranhando a porta do box do banheiro pra beber a água que restava no chão. E eu enxia minha mão de água na torneira e estendia pra ela tomar. Ela sempre balançava o rabo pra mim.
Me lembro dos sustos que ela me dava quando saia repentinamente de algum lugar, ou quando latia do nada.
Me lembro de eu gritando com ela por ela não parar de latir, e aquilo me irritava — eu gostaria de ouvir aquele latido de novo.
Me lembro de quando ela estava velha demais pra subir na minha cama, então eu fazia uma caminha pra ela do lado da minha, só pra ficar figiando-a, pra ver se ela ficaria bem.
Me lembro com dor da ultima noite que eu a tive do meu lado, a respiração dela estava difícil... eu sabia... eu sabia que ela ia morrer.
Mas o que mais me marca a memória, é porque quando eu chorava ela ficava do meu lado me olhando com uma cara tão triste e empurrava minha mão pra eu fazer carinho nela, sabendo que aquilo iria me consolar.
E como foi ruim ve-la morrer, sentar no chão e ela não caminhar até mim pra eu fazer carinho nela.
Depois de uns dias eu ainda não estava acostumada, e as vezes jurava que ela estaria me esperando pra fazer a festa que sempre fazia.. jurava que ela pularia em cima de mim ou ficaria do meu lado na hora do almoço com aquela cara de pidona!
As vezes eu até tinha impressao de senti-la por perto, de ve-la, mas ela se foi.
E embora faça tempo isso, eu nunca vou esquece-la.
Porque pra mim, ela não era um cachorro... ela era uma pessoa como eu.


"Um cão não vê utilidade em carros elegantes, nem em casarões, nem em roupas de grife.
Um graveto serve pra ele.
Um cão não se importa se você é rico ou pobre, talentoso ou sem graça, inteligente ou burro.
Dê a ele o seu coração e terá o dele.

De quantas pessoas você pode dizer isso?
Quantas pessoas o fazem sentir-se único, puro e especial?
Quantas pessoas o fazem sentir-se extraordinário?"

Um comentário:

  1. Primeiramente...
    Obrigada pelo seu comentário no meu blog...
    que bom que gostou, e não tão bom que compartilha essa noite desse sentimento, que não é tão gostoso assim...

    Sinto mto pela sua cachorra.
    Deve sentir mto falta.
    Seu post tb me emocionou.
    Tenho um cachorro. novinho ainda.
    Não me imagino perdendo-o.
    Deve ser mto triste...
    Mas é ótimo vc ter vivido junto dela, e ter boas recordações...

    Adorei seu blog.
    voltarei com certeza...bjoss

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