domingo, 6 de setembro de 2009

A memória morta.

"Quando se tem tudo e depois não se tem mais nada, o que você faz?
Uma hora você tem a vida, e na outra não tem mais.
Mas o pior do que se perder a vida, é perder as memórias..."

Paula escrevera isso em um pedaço de papel sujo, e o guardou no bolso do jeans rasgado.
Enquanto ela pegava sua lápide e a arrancava do lugar onde pra sempre ficaria seu túmulo, ela sussurrava:
"Sem essa lápide, a memória fica fraca, e com o tempo vai se esquecendo.
Eu tiro um terço de mim, enquanto ataco esse pedaço de pedra fora.
Porque com ele, 1/3 do que foi Paula Schuctz morre junto."

"Será como se eu nunca tivesse existido."

Paula pensou nisso no exato momento em que atacou pra longe a grande lápide, e ela se espatifou em mil pedaços.
Nesse exato momento uma pequena dor, porém latejante, começou a se manisfestar no vazio do peito de Paula. Como se um pedacinho da alma dela tivesse morrido.
Porque agora ela sabia. Ela só seria lembrada, por quem ainda tivesse fé nela.

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