domingo, 6 de setembro de 2009

O coração de Paula Schuctz

Ela se sentou numa pedra perto de seu túmulo de mármore.
As lágrimas rolavam de seus olhos, descendo silenciosamente pela sua face branca e acabada.
O cabelo que voava com o vento, estava bagunçado, mas ela não se deu o luxo de arruma-lo pra trás.
Continuou parada contemplando o chão, enquanto suas lágrimas caiam.
Os soluços mostraram que estava na hora de doer o coração, mas não havia coração em Paula.
Ela não conseguia ouvir seus batimentos, e automaticamente colocou a mão no bolso do seu palitó verde-musgo para pegar o bilhete de seu grande amor.
Ela o releu e lembrou-se que seu coração não estava mais com ela, mas logo em seguida se desesperou pois não sabia aonde encontrar seu coração e nem a pessoa que estava cuidando dele.
Paula sabia que ela começaria uma grande busca para encontrar seu amor.
Mas Paula se sentia tão viva, que essa busca quase tão impossível se tornou um leque com muitas possibilidades.
Paula seria independente, auto-suficiente, e então buscaria o que lhe faltava: O coração.

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