quinta-feira, 22 de julho de 2010

A vida passa...

..mas algumas coisas 'ficam'.
A vida muda, e muda de novo.

Mas afinal... Cadê você que não volta logo?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Como você se imagina daqui a 10 anos?"

Quem na vida nunca escreveu uma redação clichê do tipo: Como você será daqui a 10 anos?
Sendo bem sincera eu não me imaginava assim.
A 10 anos atrás eu nunca imaginaria minha vida assim — pensando bem eu nem sei como eu me imaginava, mas sei que não era bem desse jeito.
Não pensei que viviria sem minha mãe, não pensei que meu avô faleceria.
Achava que a CASA da minha vó, seria SEMPRE a CASA da minha vó — e como foi horrível largar toda a minha infância naquela casa que hoje já não tem mais nada do que era (destruiram e construiram uma nova em cima).
Eu não pensei que perderia minha cachorra, não tão cedo e nunca achei que iria me apaixonar.
Tá, eu sabia que iria me apaixonar, mas não do jeito que aconteceu, de fato.
Não sabia que iria começar a faculdade e que iria largar. Não sabia que iria experimentar bêbidas alcoólicas e nem drogas.
Quando somos crianças pensamos que a vida é tão simples, né? Que basta você fazer tudo direito que tudo vai ficar bem.
Talvez o que eu menos imaginava em tudo isso é que eu me tornaria tão vazia de sonhos — não que eu não tenha os meus, mas quando você passa a acreditar muito menos nas coisas (inclusive nas pessoas) você passa a viver mais na realidade, sendo assim vive menos de sonhos.
Falo isso porque só quem me conhece desde pequena mesmo sabe o quão sonhadora eu sempre fui.
Nunca pensei que eu não acreditaria tão cegamente no amor, e nem que não acreditaria mais no "felizes para sempre".
Não imaginava que sofreria tanto, e nem que seria tão feliz em alguns momentos.
Pensava que os amigos seriam pra sempre, e que não seriam capazes de nos apunhalar nas costas — doce ilusão.
Tem tantas coisas que eu nunca imaginaria, mas sempre tem aquela que NUNCA pensariamos.
E a MINHA 'aquela' é que eu nunca pensei que iria amar tanto você.

sábado, 17 de julho de 2010

E o tempo que não passa e voa?

As horas passam tão devagar, e os dias voam.
O tempo corre quando lembro do fim, na esperança de ficar bem longe da lembrança, na esperança de algo que é tão óbvio que chega até ser patético.
Aquele papel de bala continua na bolsa, do lado da pequena florzinha já murcha — ainda tem seu cheiro lá.
E eu continuo aqui tentando escrever o que não gosto de dizer, por pura besteira, que coisa feia.
Afinal o amor continua o mesmo.

Não se passou nem 10 minutos. O tempo não passa, e voa.
E eu continuo a voar, pra sempre poder te acompanhar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

As gotas

Vivo tentando achar um propósito para o que simplesmente não tem: a vida.
Acordo de manhã, enrolo na cama, faço birra, reclamo da chuva e do tempo frio.
Arrumo o cabelo, coloco duas calças, duas meias e três blusas — o sobretudo vai por cima — escovo meus dentes, pego meu guarda-chuva e caminho até o ponto.
O vento corta meu rosto, corta minhas mãos.
Entro no ônibus, escolho um lugar lá no fundo — perto da porta pra ficar mais fácil de descer — olho pra janela, paro.
As pequenas gotinhas apostam corrida na minha janela, umas demoram mais, umas vão mais rápido e outras nem se quer se mexem.
Reparo na coisa mais simples que já reparei na vida.
Quando uma gotinha está descendo e encontra com outra ela fica muito mais rápida e maior, ela cresce.
Não seria esse o sentido de tudo que procuro?
Na trilha da vida sempre encontraremos pessoas que nos empurrará, nos fará crescer, odiar, amar, sorrir, chorar — independente do que for, pra que for, estaremos andando em frente, sempre pra frente.
As vezes iremos parar no caminho e ficar lá, só esperando outra "gotinha" passar pra nos levar pra frente com mais velocidade.

Não se pode fazer as gotas subirem, e nem obriga-las a cair na mesma janela.
Me pergunto agora... em que janela você foi parar?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Certas estrelas brilham mais que as outras.

O céu me prende o olhar. Posso ficar a noite inteira o admirando, contando meus segredos.
Procuro pelas estrelas mais brilhantes e reparo que a cada dia que passa elas desaparecem mais.

Uma morria, duas nasciam.
Uma morre e mais duas morrem também.
Certezas morrem, sonhos morrem, esperanças morrem. Será que somente eu continuo viva, brilhando tão forte, tão intesamente, só para que você possa me encontrar?
Brilha mais forte, só um pouco mais forte; saberei pra onde ir, saberei onde te achar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Você sempre guiou meus passos...

...Agora me deixa guiar os seus.
Deixa eu te colocar na estrada da alegria, deixa eu me livrar de algumas pedras do seu caminho — só as que machucam.
O tempo não apaga memórias, mas fortalece as pessoas.

Aqui.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O sonho

As ruas estavam vazias, eu caminhava no meio da solidão de meus passos.
Um, dois, três passos — um barulho — paro, olho para trás e não vejo nada. Quatro, cinco, seís, sete — outro barulho — me viro bruscamente e me deparo com uma imagem muito familiar. Meus olhos ficam arregalados e as palavras não conseguem sair da minha boca — nenhuma se quer.
Meus olhos mal podem acreditar no que viam, como era possível reencontrar aqueles velhos olhos dourados?
Meu coração parou, minhas pernas tremiam, e meu estomago lutava para sair de dentro de mim — eu estava paralisada, perplexa.
— Oi — disse a menina dos olhos dourados.
— O... — calei-me. Fiquei esperando para ter certeza de que aquilo não era uma criação da minha cabeça — à tempos esperava por aquele momento.
— Eu só posso estar sonhando, não é possível. Eu.. Eu não pensei que voltaria a ver esses olhos, os seus olhos. Eu... Eu não sei nem o que falar, me pegou despreparada. Eu estava caminhando, como todas as noites, como TODAS e TODAS as noites depois que você se foi. Sempre ando por essa estrada, costumava ser sua também, lembra? — falei sem parar, sem intervalo, sem respirar. As palavras simplesmente voaram da minha boca como um raio — eram tantas coisas que eu queria falar, e na verdade eu não conseguia falar nada.
Ela sorriu. Sorriu e foi embora.

Acordei no meio da noite assustada e pensei: Sabia que era um sonho, mas aqueles olhos não negam a realidade.

i'm with you, in all yours steps.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A menina que lia sombras


Acordou, lavou seu rosto na pia, comeu seu café da manhã e saiu.
Foi andando até um parque e se sentou em um banco perto da fonte.
Observava as pessoas, seus passos, suas expressões e dizia para si mesma: mentirosos.
Notou que perto das árvores havia uma mulher sentada, quieta demais, concentrada demais em seus pensamentos. O vento balançava seu cabelo e escondia sua face.
Mas a menina não estava olhando diretamente para a silênciosa mulher, e sim para a pequena sombra encolhida da mesma.
Pois-se à sussurrar: — O que tens? Porque estás tão quieta? Tão triste?
A sombra virou-se, incrédula: — Como podes me ver tão nitidamente?
— As sombras são como o coração, não escondem o que sentem nem para si próprios. O corpo é apenas uma fantasia que se veste de sorrisos. Não dá pra confiar no que se sente olhando apenas para uma fantasia, é preciso ir mais longe, atrás dos olhos, no reflexo das pessoas, em suas sombras. — Vejo que estás muito triste — continuou a menina.
Quando a sombra ia começar a falar, a triste mulher levantou-se, sorriu para si mesma e andou para longe. A menina sussurrou: mentirosa.
Uma senhora sentou-se ao seu lado e falou-lhe: — É feio chamar as pessoas de mentirosas.
— Mas elas são — indagou a menina — mentem para si mesmas na esperança de acreditarem em suas próprias mentiras.
A senhora ficou calada observando e escutando a menina.
— Fingem-se inteiras, quando na verdade estão em pedaços. Usam o orgulho, a raiva e todo o resto para tampar buracos, mas sabe, o coração não mente, nem as sombras.
— Sim minha jovem, você está certa — disse a senhora sorrindo — mas as vezes temos que fingir que acreditamos — levantou-se e foi embora.
A menina ficou parada, pensando, reformulando sua linha de raciocínio inúmeras vezes. Olhou pra senhora, que já estava muito à frente, e percebeu sua sombra tão esticada contra o sol, porém muito mais fraca aos olhos — ficamos fracos vivendo nossas próprias mentiras — concluiu a menina.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Oposto

Fico aqui, incrédula, me perguntando como você me atura?
Eu tão perdida na estrada da vida, sem sonhos, sem crenças, sem paciência.
Já você tão mais calma, que chega a me quebrar em pedaços, fazendo com que eu me sinta as vezes uma criatura tão vazia, um monstro talvez.
Eu não era assim, sabia? Eu acreditava tão cegamente nas coisas, acreditava tanto nas pessoas, no amor, na vida.
Hoje já nem sei mais no que acredito. As vezes me pego me contradizendo, ou fazendo coisas que eu mesma sei que não são legais, mas que culpa eu tenho? Me fazem acreditar e me quebram os sonhos.
Você não tem culpa também. Não, nenhuma! Você é o oposto disso. Você é a pessoa que está recolhendo, caco a caco, meu coração, meus sonhos, meu eu — e eu sei que suas mãos se machucam.
Na verdade você não merece nenhuma das minhas reclamações tolas — você não tem culpa do mundo ser assim e mesmo assim eu reclamo do mundo.
Faço-te sentir mal. Que tolice a minha.
Mas antes de terminar esse post e deixar todos pensando que eu sou uma completa idiota eu venho reforçar que eu AMO você.
Você me ensinou a te amar com tanta facilidade.
Você me renova os sonhos, mesmo eles morrendo tão rapidamente.
Você me mostra o outro lado das cartas. O OPOSTO!
É, agora eu entendo tanto mais do que antes, e não entendo NADA.
A vida não está ai pra ser entendida, né? Está ai pra ser vivida.
E se tem uma coisa que eu posso falar com a boca cheia de verdade é que você me devolveu a vida que eu havia perdido.
E isso é uma coisa que eu nunca vou me esquecer.

Eu te amo