segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Já dizia...

...que quando não sabes o que dizer, cala-se.

domingo, 30 de agosto de 2009

Mas que sensação.




Uma flor pode nascer no deserto. Sem água demais, e com sol em excesso. Um frio de congelar a alma de noite, mas ela continua lá. Nascendo, florescendo.
Meu corpo treme agora, não sei se de frio, ou se é por isso que estou sentindo.
Indefinido na verdade. Já senti isso nesses últimos meses, mas nunca soube explicar.
Talvez seja apenas a verdade. É isso.

Você pode ter todos que quer, mas nenhum desses rostos apagados iriam suprir a falta que o meu teria pra você. Do meu sorriso, da minha cara de manhosa, e quem sabe também da minha cara de brava.
Você pode se lembrar de outros rostos, sentir falta de outros sorrisos, mas é sempre com o meu que você vai comparar.
Você pode andar por um lugar e se lembra de alguém, mas você também vai lembrar de mim. Ou porque também passamos juntas por aquele lugar, ou porque você desejou estar comigo naquele lugar.
Você pode ver um filme, ou escutar uma música que era tema de outro amor seu, mas no fundo você vai pensar em mim quando ver, ou escutar. Porque o tema, ou a letra sempre serão tão nossos. Tão nosso sentimento. Porque é o único que vai ficar, o único que restou de verdade.
Você pode sentir um cheiro familiar, mas vai desejar que fosse o meu.
Você sabe tão bem me agradar, tanto quanto sabe me desagradar. Sabe como me ganhar, mas nunca tentou a fundo me perder, porque você se perderia sem mim também.
É tudo tão óbvio que fica difícil de enchergar, porque sempre procuramos entender o mais difícil e não o mais fácil.
Você precisa de mim. E o seu lugar — o seu favorito, aquele que você não trocaria — é ao meu lado.
Você precisa das minhas risadas, dos meus sermões, dos meus conselhos.
Porque você, melhor do que ninguém, sabe que eu vou estar aqui, para qualquer assunto, para qualquer situação.
Porque eu sou forte o suficiente para ser o que você precisar.
E eu sei que você precisa de mim do modo como somos. Cúmplices de um amor irreversível. Inexquecível. Imperecível.
Embora tenhamos uma validade invisível, tanto eu, quanto você sabemos que é a nossa validade.
E que mesmo invisível ela é irrevogável.
Não importa a sensação que você esteja sentindo, sei que pensarás em mim.
Na raiva, na tristeza, na alegria e principalmente quando se achar invencível.
Porque eu faço de você minha heroina, e você ama isso, tanto quanto me ama.
Você ama ser a peça chave de mim, porque sabe que eu sou a peça chave de você.

E eu sei que está perto, perto de se entregar completamente à mim.


Eu sei que é isso. É exatamente isso.

Clarice Lispector

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
Perdi o rumo do que eu estava escrevendo.
De novo.


alteração

Encontramos detalhes que nunca reparamos.
Percebemos as coisas com olhos diferentes, ângulos diferentes.
Você pensa em uma coisa que seria tão obvia, e ai está: ela não está mais tão óbvia.
Você para, pensa e pensa, e na verdade não consegue mudar a forma de como está vendo.
E então passa.
E você vê que realmente era o ângulo retorcido da situação, o oposto.
Porque você não pensa assim, não pensaria assim. A única coisa que você pensa é em conseguir o que tanto quer.
Ai você se pergunta se realmente está deixando detalhes passarem, ou se eram coisas que você mesmo criou.
E a resposta é: Não importa.

Porque tudo basta a não importar mais nada.
Você só quer fazer certo e vai fazer de tudo pra isso.
Sem deixar rastros de destruição dessa vez.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Eu transpiro amor.

Hoje me peguei pensando nisso.
Será que sou uma "besta quadrada" por dar tanta importância ao amor na minha vida?
Confesso que as vezes coloco o amor na frente de muitas coisas, não importa qual amor.
Não sei, pra mim o amor é tão importante.
Acho que ele faz das pessoas melhores — ou piores as vezes.
Que atire a primeira pedra quem ama e não está feliz por amar.
Mas calma, eu sei que o amor não é nada fácil — bom, na verdade as pessoas não são nada fáceis, e eu também não, nem um pouco.
Mas me refiro ao auge do amor, aquele que te faz ver estrelas, que te faz arrepiar, tremer.
Quem não está feliz sentindo um amor desses? Recíproco, pecador, intenso.
O amor move qualquer coisa ao nosso redor.
Nos faz fazer o impossível. Nos faz chorar, nos faz gritar sem som algum.
O amor cega a alma, confunde a mente, que vive tentando por algum juizo pra algo que não tem explicação.
É isso. O amor não tem explicação.
É tão absurdo que você não consegue parar de senti-lo.
Sulga suas forças, consome o pouco de sanidade que lhe resta. Ocupa seus pensamentos dia e noite.
A vontade de estar junto, a vontade de dar o mundo, mesmo quando a única coisa que você pode dar é um abraço apertado, e pronto, já bastou — esse era o "mundo" que você queria.
Porque o mundo passa a importar menos, afinal seu mundo está lá, te abraçando.
Você sorri pra quem não conhece, só para mostrar o quão feliz está.
Você canta sem ligar pra o que vão falar da sua voz rouca, ou fina demais.
Você dança só pra liberar um pouco dessa felicidade, porque você a tem em excesso.
Você quer gritar e gritar: Eu sou a pessoa mais feliz do mundo.
Então vem a onda e te derruba.
Você se questiona sobre coisas que nunca pensou. Se culpa, o culpa, a culpa.
Tudo pra encontrar respostas. E no final você nunca encontra resposta pra isso.
Porque o amor não tem pergunta, não tem resposta.
Ele te abocanha e não tem mais volta.
Você vai amar, até mesmo se não for amado.
E é tão simples que é irritante.
Porque basta um olhar pra você sonhar de novo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

It's almost 3 a.m...

..and I can't sleep. I'm thinking about you, thinking about a lot of things. I just, don't know what to say. No, I know, but I'm afraid to do it. Because I never know what will be your reaction. I never know the right time to say, don't know how to act. To tell you the truth, I don't even know what do you think about all this confused history. I don't know.... I would like to say everything, but I think you'll never understand me. You'll judge me like a crazy girl, because you can't see that you don't make me feel safe enough. I feel scared. Can you take off all these fears? Please, just hold me tight, and don't let me go, never. We've to make chooses for ours lifes. I make my choose, and what's yours?

Nós perdoamos,

mas não esquecemos.

E acumula, e acumula e explode.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pensamentos..

..são como palavras que ainda não foram ditas.
Você pensa e repensa, colhendo os que vão ser ditos e os que não vão.
Você guarda alguns, outros você anula.
Em minha mente, abertos para a minha auto-piração.
Uns gritam, outros se calam; uns me fazem rir, outros me fazem sentir raiva.

E o melhor de tudo isso é que somente eu posso ouvi-los.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Metade é minha, e a outra é sua.

Pra que buscar palavras, se tudo que eu sinto está no meu olhar?

Eu te amo, eu te amo tanto.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E setembro..

..já está logo ai, chegando.
Me pergunto onde foi parar o tempo.
É estranho como o tempo passa tão rápido e nós nunca percebemos.
Parece que não passa nunca, mas quando nos damos conta, já passou demais.
Acho que quando você se apaixona todos os dias pela mesma pessoa o tempo tende a não demonstrar que está passando.
Porque você ama. E não importa se está zangado, feliz ou triste. Você nem se dá conta, porque o tempo corre e sua mente vaga pelo sorriso da pessoa, pelo cheiro, e por todas as outras coisas. Você se perde nos pensamentos e as horas vão passando; quando se vê já é outro dia.
Você se apaixona de novo, ocupa sua mente e por aí vai.

E, sinceramente, tudo que você consegue pensar é que os dias passem mais devagar pra você aproveitar os momentos à dois. E que os anos se prolonguem, para envelhecerem juntos, crescerem juntos e se amarem sem ter fim.

400

Existe algo mais belo nesse mundo inteiro do que o amor? O nosso?
Tantas batalhas, algumas perdidas, outras ganhas, mas da guerra nós nunca desistimos.
Porque vale a pena sentir toda essa sensação. Porque além de linda, ela faz com que sejamos melhores, mais bonitas, mais "brilhantes". Nos faz ter vontade de enfrentar o mundo, do modo certo, e juntas.
Porque "nós não mudamos, nós só aprendemos, e assim podemos acertar nas vezes que erramos antes."

Não tenho muitas certezas, mas uma me é tão clara que chega a ofuscar os olhos.
Eu AMO você, e eu sei... é VOCÊ.

domingo, 23 de agosto de 2009

real e virtual

Me peguei pensando sobre a futilidade dos meios de comunicação. Tais como telefone e internet.
Internet, ao mesmo tempo que é uma grande invenção do homem, é sem dúvidas a perdição pra sentimentos.
Sentimentos reais não podem ser expressados por internet. Pode ser tudo uma farsa.
Podemos estar sorrindo, felizes e falar que estamos tristes.
Podemos estar infelizes, chorando e falar que estamos ótimos.
Podemos falar que amamos alguém e pensar: Ainda bem que dá pra enganar por aqui.
A voz também, é uma coisa que podemos controlar na maioria das situações.

É por isso e outras coisas que eu não confio em sentimentos assim. É por ISSO que eu gosto tanto do antiquado.
Porque pessoas reais, frente a frente não conseguem esconder sentimentos.
Sabemos quando estão bravos, quando estão felizes, quando estão tristes, quando estão mentindo, quando nos esconde algo.
Pelo simples fato de conhecer a pessoa. Identificar expressões no rosto, reparar em cada veia que salta a mais ou a menos.

Enquanto o real une as pessoas, o virtual as destroi.

mutável

Me sinto ligeiramente inútil. Não estou conseguindo escrever nada por aqui.
Na verdade não sei o que escrever aqui.
Não tenho muito a relatar.
O medo e a alegria coexistem em mim.
Alegria por momentos únicos. Por estar conseguindo controlar a parte difícil de mim. A parte errada.
Medo de tropeçar, afinal de contas o medo de entrar nessa luta eu já perdi.

Não sei como devo agir as vezes, nem o que devo falar, mas uso minha melhor arma: Minha espontâniedade.
Falo o que quero, na hora que quero, mas passo pela peneira antes de falar. Deixando preso coisas que não seriam de todo necessário.

Me ganhar é tão fácil.
Cada um tem sua individualidade, sua vida e seu sotão de pensamentos.
Tem coisas que não podem ser mudadas, porque, se forem, estraga. Destrói.
E tem outras coisas que simplesmente mudam só para não se perder aqueles sorrisos.
Somos mutáveis, nos adaptamos, nos encaixamos... Tudo pra não deixar o amor morrer.
Porque nesse mundo, sem esse amor, o caótico predominaria.

O tempo é o bem mais valioso que o homem pode disperdiçar.
Mas quanto mais tempo se tem para avaliar as coisas, mais certeza terá.
E certeza de que dessa vez não vai ter fim, é tudo que precisamos.
Porque está óbvio demais. O meu querer é o seu querer. Sem pressa, pra ver se dessa vez será do modo certo. Nosso modo certo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pensamentos de loucura.

Bom, aproveitando meu momento NADA sã, eu resolvi escrever.
Não consigo pensar em nada pra escrever.
Na verdade, eu nem tenho o que escrever.


As coisas estão indo, como devem ir.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

tem coisas que não mudam, outras sim.


"Ela perguntou:
— Porque não fica próximo de mim?
— Para quem sabe assim, você sinta minha falta, e venha me procurar.
— Eu não preciso ter que sentir sua falta pra te procurar. Alias, eu não preciso te procurar, não adianta nem eu tentar me esconder, porque você está em mim. Você é uma parte individual de mim.
— Então porque não me obriga a ficar? Você sabe que eu ficaria.
— Eu sei, e é por isso que eu não te obrigo, porque eu sei que você não vai embora, porque você tem uma parte individual de mim, assim como eu tenho uma sua.
— ... as vezes você me irrita, por me deixar sem saber o que dizer, ou como agir.
— Eu nunca te proibi de nada. Você tem o direito de fazer o que quiser.
— O que eu quero eu não preciso fazer, eu preciso manter. E pra manter não é luta nenhuma, o problema mesmo é quando dá a vontade de arrancar, porque é impossível.
— Eu te amo.
— Eu também te amo. Tudo vai ficar bem, e dessa vez, quando for pra SER, vai ser pra valer.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

não sei bem.

Não sei bem o que escrever, apenas estou com vontade disso.

Estou sentada na minha nova cama de casal.
O branco das paredes me incomodam um pouco. A falta do barulho dos carros, as músicas horríveis do buteco de esquina.
Mas eu não me sinto já tão péssima quanto me senti ontem.
Talvez seja porque eu sei que não vou dormir sozinha. Vou dormir com o primeiro que colocou memórias nesse quarto. Meu irmão e melhor amigo.

Fico aqui em silêncio.
Então um trecho, uma música, uma lembrança me assombra.
E eu percebo o que eu FINGI não perceber.
Coloquei a bolsa em meu ombro, segurei meu violão com força nas mãos.
Dei uma última olhada na "paisagem" da minha janela.. e fui embora sem olhar pra trás.
Eu..

















...me faltam palavras.

sábado, 15 de agosto de 2009

As loucuras da mente vem e passam.
Momentos de fugas perfeitos.
Momentos de fugas que acabam, e me fazem lembrar: Como teria sido se AQUELE dia tudo tivesse sido diferente?

É... como teria sido?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

vida

Os segundos passam; os minutos passam; as horas passam; os dias passam; as semanas passam; os mêses passam; os anos passam; a vida se vai.
Perdemos tantos detalhes importantes, que simplesmente deixamos passar, sem reparar que eles teriam mudado tudo.
Marcamos momentos tão inúteis, marcamos risadas, marcamos sorrisos, marcamos até rostos desconhecidos, marcamos momentos inexquecíveis.
E esquecemos. Esquecemos quem fomos, esquecemos quem costumavamos ser, esquecemos o que gostariamos de ser.
Esquecemos daquela risada gostosa. Esquecemos daquela sensação de ser invencível. Esquecemos de como chorar. Esquecemos de como ser feliz e de como ser triste.
Lembramos de algo e aquela linha se rompe, as barreiras caem e você se torna a lembrar daqueles pequenos detalhes que se foram.
Ai você percebe quanto tempo perdeu e quanto tempo te fizeram perder.
Ai você percebe o quão longe foi obrigada a ir, e lembra que não deixou as migalhas pelo caminho, para poder voltar. Porque você passa a entender que voltar não levaria a nada, a não ser o mesmo caminho de sempre. Não se precisa de um MESMO caminho, para se encontrar as MESMAS pessoas.
Você para por um minuto e quando vê já se passaram horas. Você anda por horas e quando vê, se passaram minutos.
Você acha que tem tudo, e percebe que não tem nada.
Porque o tudo ficou parado em alguma esquina, e você foi empurrado pra continuar.
Você nem grita mais, porque ninguém quer te ouvir. Você não chora mais, porque você se esqueceu de como se faz isso. Você não sente mais nada, a não ser o vento que toca seu rosto, as batidas de seu coração, e a respiração irregular.
O silêncio é enlouquecedor, pois nem suas asas fazem mais barulho, elas apenas planam na direção que o vento levar.
E com o corrente você vai; vai; vai; e não sabe nunca aonde vai chegar.

Liberte-me dessa agonia.
Liberte-me dessa ânsia, desse louco desejo de gritar à plenos pulmões.
Liberte-me dessas lágrimas, liberte-me da angústia.

O vento muda de direção novamente.
Como estou no ar, o sigo, pra onde quer que ele vá me levar.


Voar, sem ter onde chegar.
Os dias tem passado tão rápido que eu mal percebo.
Um dia é segunda-feira, e no outro já é sexta-feira.
Amanhã já. Parece que ia demorar "anos" pra eu me mudar.
E amanhã já estarei em meu novo lar.
Como se todo o tempo que eu tivesse lutado pra não passar desse jeito, tivesse passado uma rasteira em mim, e corrido.
E na minha queda tudo havia se espalhado no chão, e na pressa não recolhi nada além do que necessito.
Ficou mais fácil viver dentro de mim, mas eu não falei que está espaçoso demais, sem cores demais.

O meu silêncio significa tanta coisa, mas somente eu sei o verdadeiro significado para meus versos mudos.
O céu está tão escuro e a cidade tão silênciosa.




Isso me lembra florata. Física e The Beatles.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Elas

"Quando elas se viram se abraçaram com toda a força possível.
Ela fechava as mãos em punho e socava as costas da outra menina, enquanto chorava e dizia:
— Nunca mais me deixe. Nunca mais. Nunca mais me deixe.
A outra menina chorava junto e dizia:
— Nunca. Nunca mais. Nunca, nunca nunca.
Enquanto elas se abraçavam fortemente, os soluços iam cessando, os corações desaceleravam.
E elas sabiam naquele momento... Elas sabiam que eram feitas uma para a outra. Acima de qualquer outra coisa. Tudo se torna pequeno perto de um amor como esse. E ambas agora sabiam disso"

quantas mudanças

Estava me lembrando das tantas mudanças que eu já fiz de casa. (Porque meu pai acabou de deixar umas caixas aqui pra eu começar a guardar minhas coisas :~).

Em particular me lembrei de uma.
De quando eu fui morar na 28 de Setembro (não muito longe de onde eu moro agora, por pouquíssimo tempo). Meus pais eram casados ainda, ou seja, faz tempo.
Morávamos no 19º andar. Eu tinha um quarto cheio de bichinhos de pelúcia, poucas bonecas e algumas barbies peladas jogadas em algum canto. Uma TV em cima da cômoda, e um armário gigante (eu sempre me escondia lá dentro rs). Acho que essa era a minha 3ª casa, digo, a 3ª casa que morei (não estou me referindo ao armário, e sim ao apto. Ah vocês entenderam).
Entre a sala e os quartos tinha uma porta estilo aquelas de faroeste (as dobradiças na parede e ela abria quando era empurrada no meio).
Eu fiquei apaixonada por aquela porta. Eu vivia brincando nela, prendendo meu dedo sem querer nela rs.
Mas ela era tão pesada na época, eu mal tinha forças para empurra-la, e sempre passava correndo pra ela não bater nas minhas costas quando fechasse.
Depois de um tempo ela havia perdido a graça pra mim, então eu passava por baixo ingatinhando rs.
Depois eu me mudei pra Mato Grosso do Sul. Um ano naquela cara GIGANTESCA, onde eu brincava SOZINHA (pra variar minha infância (Y)).
Depois quando voltei pra São Paulo morei com a minha mãe naquele apartamento minúsculo, mas era NOSSO, meu e dela.
Após isso me mudei com ela pra morar junto com a minha vó, na Aclimação. E depois novamente para OUTRO apartamento na Aclimação.
Não contente, mudamos pra Vila Monumento, o ultimo lugar em que eu morei com a minha mãe.
E agora aqui estou eu, no outro lar depois do da Vila Monumento, e me preparando pra me mudar DE NOVO.
Deixa eu ver...... Vou me mudar pela 11ª vez. Com apenas 21 anos. rs
O mais engraçado é que sei que vou voltar a me mudar.
Mas é isso, a vida é feita de mudanças, né?

Não estou feliz em deixar as TANTAS lembranças aqui, mas estou feliz por poder construir novas em outro lugar.


Nada

Gostaria de escrever aqui. Gritar tudo que eu estou sentindo, mas eu não consigo.
Eu simplesmente não consigo.
Não sei ao certo o que acontece. O que me "impaca" tanto de escrever e escrever sem parar, colocar em palavras cada mínimo detalhe do que sinto.
EU que sempre consigo dizer tudo com tanta facilidade, agora tranco tudo dentro da garganta áspera.
São coisas boas, coisas ruins, coisas sem sentido, coisas que sairiam mais como uma boa cuspida de veneno e raiva, mas não dá.
Como se aquele escudo estivesse fazendo um efeito contráditório. Posso ouvir tudo e todos, mas não posso fazê-los me ouvir. NÃO QUERO fazer ninguém me ouvir.
Porque é exatamente isso, quero gritar tudo, mas não vai sair nada além de um AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH. Porque eu não tenho nada pra falar.

Eu acho que me empenhei TANTO em me "concertar" que eu acabei me modificando.
Troquei umas peças aqui, umas ali, e fui colocando peças novas, que ainda não tinha em mim.

Bom? Não sei. Eu me sinto bem, normal demais até.
O ar é mais fácil de se respirar por aqui, aonde estou, mas eu disse que não estou sufocada?
Não, porque eu não digo mais nada.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Morte

Eu nunca parei pra pensar em como seriam as horas antes de eu morrer. Quero dizer, se eu soubesse que iria morrer dali a algumas horas.
Acho que a maior dor que eu levaria, seria a dor que eu iria causar na minha ausência.
Seria sem dúvidas doloroso demais imaginar as pessoas que eu amo sofrendo por mim.
Eu diria aos meus amigos que sentia muito. Pediria desculpas pelas tantas vezes em que fui insuportável, e pelos momentos que poderiamos ter passado juntos e não passamos.
Agradeceria pela amizade que mesmo pós-morte seria eterna pra mim.
Diria-lhes o quanto os amo, e que não saberia dizer o que teria sido da minha vida sem eles.
Agradeceria também por eles poderem me proporcionar sorrisos nessas minhas últimas horas, porque os proibiria de chorar enquanto estivesse ali.
Minha família seria mais difícil, em especial três pessoas. Minha mãe, meu pai e minha vó.
Diria a eles que eram minha vida. Que eles seriam perpetualmente um pedaço de mim. Um terço de Camila para cada um deles.
Falaria pra eles não chorarem, porque eu os estaria esperando seja lá pra onde eu fosse, para voltarmos para outra vida como família novamente.
Diria à minha mãe que ela fora minha heroina, minha Deusa, minha vida.
Diria à meu pai que fora meu herói. O homem brincalhão e amoroso.
Diria à minha vó que ela fora a mais bela flor do meu jardim, o meu sol em dias negros.
Ao resto da família, pediria perdão por tanta ausência em programas familiares, mas juraria-lhes que os amo, mais do que qualquer coisa. Abraçaria com força todos aqueles familiares que nunca tive muito contato (os que gosto, claro) e diria-lhes para serem a força, para manterem a familia sempre unida e para enxugarem as lágrimas que iriam cair.
Aos amores (que provavelmente seria mais um pedido mental) agradeceria pelas grandes lições, por terem me tornado mais mulher. Pediria desculpa pelos erros, e até iria rir de alguns acertos em vão. Iria sussurrar algumas coisas.

Fecharia meus olhos com um única frase em boca: Nunca deixem de amar. O amor pode colorir suas vidas. O amor pode afastar suas tristezas e pode curar as feridas profundas. Guardem-me em seus corações e em suas memórias, porque levarei vocês em mim, por todo o meu caminho.






ps: Eu chorei escrevendo esse post mórbido. Tal prova de quanto amo as pessoas que estão em minha volta.
Engraçado como algumas músicas me transportam pra tão longe.
É engraçado porque quase me sinto no lugar que me vem em mente.
Se eu me focalizar bastante dá até pra sentir o cheiro e sentir a sensação que eu sentia.
Cada música diferente me leva a um lugar, algumas não me levam a nada, a não ser na "brisa" da batida, ou da melodia.

Tem músicas que marcam, tem lugares que marcam, tem cheiros que marcam, e tem coisas que são facilmente esquecidas.
Na vida tudo é assim, quando se chega ao fim de nossos dias na Terra, tudo não passa de marcas.

Um chão de madeira, um chão com gramas, um asfalto, um banco largado, uma cadeira de plástico.
Posso sentir a textura.
As caixas estão chegando.
Algumas coisas já estão separadas para serem guardadas.
Outras, enfaitam a lata de lixo.
Algumas lembranças não posso levar, elas estão marcadas nas paredes e no chão, mas todas que eu puder carregar comigo, não vou pensar. As levarei para meu novo lar.

A vida nova está se aproximando rápido demais.
Não sei se estou preparada pra crescer tão rápido.
Mas sei que estou preparada pra aprender.

Menina vazia

Menina vazia, se enfeita, se arruma e se põem a sair.
Seus casos pela cidade. Homens ricos, pobres e os que se matam pelo seu amor.
Pagam-lhe bebidas, pagam-lhe carroagens caras.
Pagam-lhe seus passeios. Se escravizam pelo seu amor.
Arrancam suas próprias roupas, para dar-lhe pra vestir.
Tudo por uma gota de seu amor, de seu carinho.
Menina vazia, passa a madrugada coletando coleções.
Fazendo amor, e destribuindo desgraças.
Corações despedaçados. Sonhos destruidos.
Menina vazia, volta pra casa e permanece em sigilo por semanas.
Resurge nas ruas, e encontra os mesmos homens caidos e mortos por um amor impossível.
Menina vazia, joga a gota de sua poderosa poção para reergue-los, para se sentir poderosa novamente.
Desfruta das vantagens e os mata novamente.
Menina vazia, volta novamente pra casa e se questiona: Quem eu tenho pra mim?
O vazio lhe grita enfim: Você não tem ninguém, e nada além de mim.

voar

Meus olhos nem piscavam. Eu estava completamente em estado de choque.
Algo me atingiu MUITO forte, mas eu não sabia o que era.
Como um chute no estômago, doeu, mas eu não sabia da onde tinha vindo. Ou do porque de ter vindo.
Simplesmente aconteceu.
Minha inconstância está tão forte que ela chegou no limite. No limite que eu queria que chegasse.
A saturação.

Rompeu as correntes, quebrou o gelo.
Estou LIVRE.

A covardia se tornou força.
As vendas se tornaram pedaços de panos caidos no chão.
Abra a janela, porque eu vou voar.
Vou voar pra longe, porque manter os pés no chão, é MUITO chato.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Se torna tão constante,

..que depois de um tempo você nem se surpreende mais. Começa a ficar tedioso até, normal. Uma rotina crua e vazia.
Ai você se dá conta de que talvez esteja esquecendo de algumas coisas. Você nem quer isso, ou talvez só não saiba o que quer.

Se algumas coisas são constantes, agora eu me torno um tanto quanto inconstante.

Pior do que sentir isso, é saber que você é isso.
Porque um momento pode estar pensando uma coisa, e um segundo depois, pode estar pensando em outra.
As mudanças estão tão óbvias e a maior delas está por vir.
Pensemos nas coisas boas que virão. Porque as que não vierem, eu corro atrás para marca-las nas novas paredes do quarto e do meu novo coração.

Mudança.

As caixas dobradas ainda. Algumas já estão montadas. Algumas estão vazias, outras com os objetos que costumavam ficar guardados no armário.
Meu coração acelera, minhas mãos começam a tremer. Tantas lembranças que eu vou deixar pra trás nesse lugar.
Tantas as vezes que eu me tranquei no quarto. Sozinha, acompanhada.
Tantas merdas eu já fiz nesse lugar. Tantas coisas boas. Tantas vezes que já chorei, e tantas vezes já explodi de alegria. Já dancei, já me encolhi no canto atrás da porta. Já sentei na janela, já toquei violão sentada na cama, no chão, na cômoda.
Já me deitei no chão com alguém.
Tantos filmes que eu vi passar na televisão. Tanta bagunça já arrumei.
Tantos amigos já trouxe aqui.
Risadas, choros, alegrias, tristezas, raivas, "merdas", medos. Tudo eu já passei nesse lugar.
E agora, coloco nas caixas apenas as lembranças que quero levar comigo.
As paredes novas não saberão de tantas coisas que aconteceram. Tantos momentos perpétuos na alma. Algumas lembranças terão que ser forçadas pela mente, para vir a tona. Porque não bastará mais olhar pra algum canto pra me lembrar delas.

Vou embora agora, deixar algumas coisas pra trás. Me arriscar mais.
Porque quem não se arrisca, não vive.
Um recomeço. Mudanças sutís que me levarão à tantas outras mudanças.
Hábitos que vão mudar, rotinas que vão se transformar.
Nova vida, novo quarto, nova cama, novas paredes para guardarem novas lembranças que estão por vir.

Arrisco agora, deixo o meu medo das pessoas de lado.
Libero de mim toda a minha covardia.
Libero tudo de mim, para um novo começo.
Um novo amanhecer, um novo lar.

Estou pronta, pode crer.
O tempo passa rápido demais. Deveriamos aproveitar mais.

Um momento de revolta.

Gritei, puxei os cabelos, quis socar tudo no meu quarto.
Desejei tacar coisar pela janela, queimar algumas outras.
Chorei de tristeza e de raiva também.
Raiva do que?
Dessa verdade que me faz sangrar. Dessa merda de realidade escrota e panaca.
Dessa verdade que eu queria tanto que fosse mentira.

Dizem tantas coisas, mas ninguém sabe o que realmente se passa na minha cabeça.
NINGUÉM sabe como eu posso me comportar. Nem eu, afinal descobri que posso ser tão inconstante quanto muitos outros.
Minha inconstancia apenas ME magoa.

Mas, como tantas outras coisas, eu posso lidar com isso.
Eu posso lidar com tudo.
É, vou pegar minhas coisas... eu volto um dia talvez.

Adeus, até mais. Fiquem bem.

domingo, 9 de agosto de 2009

:D

Me sinto até mais leve. Como se eu pudesse andar pela rua, deitar em algum canto e ficar horas olhando para o céu sorrindo.

Refletindo a mesma coisa que eu recebo. Sorriso.
Não é tão ruim quanto parece. Na verdade, está sendo até fácil, comparado com outras vezes.

"Preste atenção, não abre a mão dos próprios sonhos. Não tem perdão.
Não deixe de sonhar, não deixe de sorrir, pois não vai encontrar quem vá sorrir por ti."

"Diga sempre tudo o que precisa dizer, arrisque mais pra não se arrepender.
Nós não temos todo o tempo do mundo, e esse mundo já faz muito tempo.
O futuro, o presente, e o presente já passou."

...Sem pressa, do jeito que tem que ser.

O tempo está tão lindo.
O céu com tantas cores.
Isso me faz lembrar de tantos finais de tarde tão agradáveis. Tão em paz.

Agora tudo não passa de rostos embassados, alguns riscados, outros simplesmente não existem mais.
O foco que era tão perto, agora se torna tão longe.
Consigo focar o lugar mais distante de mim, não porque eu realmente quero, mas porque é como se eu enxergasse a resposta pra tudo lá no final da paisagem criada em minha mente.
Ultimamente tem sido difícil realmente me focar. Meus olhos perdem a noção rapidamente.
Fico vagando em devaneios, enquanto meus olhos desfocados se fixam em cores sem sentido.
Algumas escuras, algumas claras.
Isso me faz lembrar da sensação que tive hoje, e que embora ela não era confortável, eu a queria dessa exato jeito.
Eu deitada no banco do carro e o sol atingindo diretamente meus olhos.
Aquilo incomodava, mas foi uma sensação que eu não explicar.
Eu me senti viva, inteira, intacta.

Acho engraçado quando alguém fala que me acha esperta.
Quero dizer, eu sei lidar bem com as coisas. Sejam ruins ou bons, mas é como se cada coisa nova que acontecesse fosse diferente da outra.
Então você tem meio que se adaptar ao "novo".
Mas como sempre.. eu aprendo a lidar com qualquer coisa.

Cansei de escrever, não quero mais falar o que eu ia falar HAHA :*

Dói..

..bem mais do que parece.
Manter a mente ocupada é a parte boa nisso tudo.
Ajuda.

E quando você se dá conta, você está correndo. Correndo tão rápido que não consegue enxergar nada além de borrões apagados.
E então você começa a se questionar sobre seus sonhos. Você para de correr e se dá conta de quão longe você foi, ou você continua correndo, ou você volta... volta andado sem pressa.
Você se pergunta como estão as coisas, mas você não sabe responder.
Você se pergunta como elas vão ficar, se você ir, ou se você não ir, mas você não sabe responder também.

Então você se lembra do mais importante. Você olha pra si e vê o que foi feito.
Você se orgulha, por mais dolorido que esteja seu corpo.
Você sorri, por mais que as lágrimas queiram cair.
Você respira fundo, mesmo achando que não pode respirar.
E ai você ouve, seu coração batendo. Irregular e fraco, mas firme.
E você se lembra daquela música que tocava sempre quando estavam juntos.





aquilo marca..

Saudades.

Hoje, depois de uns bons anos, eu fui para o clube onde eu passei minha infância inteira.
Engraçado como aquele lugar nunca muda. Sempre aquela paz, aquele silêncio.

Fui até a represa e me sentei no cais.
Senti uma paz tão grande, tão pura.
Somente o barulho da água batendo na madeira. O reflexo do sol na água batendo no meu rosto, a brisa leve. Tudo.
Tudo forte o bastante pra me levar pra tão longe.


Realmente, longe mesmo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Olha..


...as estrelas estão morrendo.
Tantas opacas, tantas sem brilho. Algumas desfocadas. Está vendo?
Duas possuem o brilho mais forte e intenso, mesmo que distantes uma da outra. O brilho é o mesmo. Repare. Olha a direção pra que elas estão brilhando. Uma para a outra.

"Oh estrela não deixe de brilhar."
Inveja.

Só isso.
Meus posts ultimamente estão tão, bagunçados.
Exatamente como a mesma sensação que tenho dentro de mim.
Bagunça.

Tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mal consigo acompanha-las.
Tantos desejos, tantas vontades..enquanto gritos soam silênciosos dentro de mim.
Tantas coisas mudaram, tá tudo assim, tão diferente.
É como entrar numa jaula de leão e querer vence-lo apenas com as mãos.


Infelizmente a minha falta de "saber como me expressar" ainda está forte em mim.
Não ando conseguindo encontrar palavras certas, talvez porque eu tenha cansado apenas disso.


Eu quero realidade, não sonhos.
Embora eu acredite cegamente neles.
Quando se mantém os pés no chão, e se muda tanto o seu jeito de ser; quando se aprende a ser melhor não fica tão difícil focar-se.
Mas então, porque alguém não me responde: porque meus olhos continuam tão desfocados, a ao mesmo tempo ofuscados pela luz?
Não tenho mais medo do que possa acontecer.
Eu confio no meu destino. Eu confio no meu caminho.
Mesmo que agora eu me veja parada em uma bifurcação..
Sei que já já eu entrarei por algum dos caminhos, e não voltarei mais.
E aquela luz, me enxe novamente com calor.
Hora de enxugar as lágrimas que cairam, levantar o rosto, voltar a me abraçar.
E cuidar da única coisa que é unicamente minha. Meus passos.

"Um coração morto e gelado poderia voltar a bater? Parecia que o meu podia."


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

maybe

Os meus próprios braços que me abraçavam, caem em derrota.
As mãos batem no chão com um barulho fraco, oco. Elas não respondem minhas ordens.
Sabe o que é pior do que chorar até cair de cansaço?
É não conseguir chorar. É uma sensação muito pior. Não conseguir chorar.
Como pode, EU não conseguir chorar?

Como se algo me impedisse de chorar, uma força maior que eu.
Não orgulho, nem nada disso, apenas uma força invisível, com uma validade invisível.
A vontade de rasgar as costelas pra deixar essa dor passar, ir..... pra bem longe.
Uma dor que não vem de um amor, vem de um vazio.
Esperanças mortas. Mas não ao que pensam que estou me referindo, é a algo mais.

Talvez eu simplesmente não tenha nascido pra isso.
Talvez meu caminho seja outro, longe de corações.
Talvez eu só deva encontrar uma rua vazia, e continuar caminhando-a, sem ninguém por perto, que possa ou queira me tocar.
Quando um coração morre, é preciso de choques para dar-lhe vida novamente.
As mãos que podem me tocar, são os choques.
Talvez eu só deva deixa-lo morto.

Morto como a noite vazia.

Nostalgia

Me lembrei agora da minha infância.
Engraçado, quanto mais velhos vamos ficando, mais saudades sentimos dos velhos tempos.

Saudades de ficar a tarde inteira correndo na vila da minha tia, com meus primos.
Brincando de pega-pega, esconde-esconde, polícia e ladrão.
Batando figurinhas, e fazendo uma base secreta pros bonecos do meu primo.
Eu sempre pegava os melhores, e deixava os quebrados com ele, falando que saia raio laser do braço amputado, rs.
Ou de quando eu ficava emburrada quando meu primo ganhava uns VHS de filmes infantis e eu não.
As brincadeiras na casa gigante da minha vó. Os sustos que eu dava nos meus primos, e depois minha vó se vingava. Enfiava um lençol em cima da cabeça e me assustava, a ponto de eu até chorar.
Ai ela ria muito, e depois falava: Viu? Você não quer assustar seus primos? Agora eu te assusto.
E eu ria depois.
Saudades das viagens pra praia com a familia toda (exceto minha mãe, devido a separação)
Eu tinha um pique de esportista. Corria de ponta à ponta da praia com meu primo, sem cansar.
Depois quando chegávamos até uma das pontas, mergulhavamos no mar e voltavamos correndo de novo pra barraca.
Montavamos bonecos de areia e os destruiamos.
Compravamos aquelas bombinhas, acendiamos e jogavamos na areia.. quando ela explodia nos tacavamos na areia, rs (ah que saudades disso).
E mais longe disso, quando era bem menor. Acordavamos MUITO cedo, e iamos jogar Bomberman no mega-drive.
Ah, agora me lembrei de uma lembrança muito boa.
Fomos para um sítio, cheio de árvores e pedras.
Eu brinquei o dia inteiro nas pedras e nas árvores. Eu tinha uma agilidade assombrosa pra uma menina pequena.
Ah, meus bons e velhos amigos do prédio. O Fernando e sua irmã Mariana.
O que nós três aprontavamos não era fácil. Ficar brincando com bichinhos de pelúcia com a Má, e jogando video game compulsivamente com o Fê.
Agora todos adultos.
Um primo em SC fazendo oceanografia. Amigos que eu nem sei onde estão.
Outro primo com quase 18 anos. Uma prima com a cabeça de uma adulta, responsável e dedicada.
E eu com meus 21 anos, interesses completamente diferentes, mas com as memórias guardadas pra sempre.
Memórias de tempos bons, de coisas boas, que nunca mais vão voltar.
Entre esse e tantos outros motivos, que me animo a viver uma vida brilhante e sem limites.
Como sempre fiz. Nunca desistindo de tentar nada.
No meio de toda solidão e escuridão, uma luz ofusca meus olhos.
Não é o sol, não é a lua.






É um sorriso.
Eu senti.















A direção do vento está mudando.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ansiedade

Algo indefinido de bom e ruim.
Daqui a no máximo quinze dias, minha vida vai mudar completamente.
Vou me tornar mais adulta, mais mulher.
Ganharei novas responsabilidades, novas regras a serem seguidas.
Um novo lar, novas funções.
Vou aprender a me virar sozinha, me preparar pra tudo que a vida tem pra me oferecer.
Sei que vou crescer muito com isso, mas a parte ruim (e egoista) é perder todo o conforto que eu sempre tive.
Não estou me queixando disso, mas é engraçado pensar nisso por um lado.
Enfim vou me tornar o que sempre quis me tornar. Melhor.
Terei as responsabilidades de uma adulta.
Nesse ponto me questiono sobre idade.
Idade não é nada na vida de uma pessoa, quando ela não tem uma história pra contar. Quando ela não tem experiências pra compartilhar.
Eu posso ter muitas experiências em certos pontos, mas sou crua em muitos.
E é por isso que venho ansiando tanto pra essa "nova vida".

Todos temos que crescer um dia, e esse ano me mostrou que minha hora chegou.
Tenho uma vida toda pela frente, e quero fazer dela a melhor possível.
Sem me arrepender de nenhum passo (por mais que eu já me arrependa de algumas coisas que deixei de fazer).
A vida pode ser engraçada as vezes, as vezes a julgamos injusta.
Mas quem faz nossas vidas somos nós mesmos, com escolhas.
Não me arrependo de nenhuma escolha feita até agora. Sei que estou no caminho certo, e assim continuarei.
Caminhando com minhas próprias pernas, para ter meu final cravado em pedras.
Para que um dia, alguém olhe pra trás e se lembre de mim com um sorriso forte e brilhante.
Para que se lembrem do meu cheiro, ou do gesto do meu cabelo fino voando com a força do vento.
Sem ser um rosto apagado e manchado por tristeza e dor.

Estou pronta.
Pronta pra agarrar toda e qualquer melhoria pra mim.
Para que assim eu seja lembrada, não como qualquer uma, mas como aquela que nunca desistiu de tentar.
Sabem quantas vezes eu escrevi e apaguei?
No mínimo umas quatro.

Não consigo mais me expressar.
Não quero mais me expressar.

Talvez o romantismo em mim tenha morrido. Afinal, eu não suporto encara-lo.
Não desse jeito.
Eu gosto quando me sinto assim. Completamente focada.
Isso me impede de sentir qualquer tipo de coisa ruim, seja raiva ou tristeza.
Me faz afundar mais ainda com os pés no chão. Me deixa segura.
Se algo me empurrar não tenho como cair, a não ser pra sentar.

Isso me deixa calma.
As coisas começam a melhorar, a ficar mais claras.
Isso é bom.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Raiva. Raiva e tristeza me consumiam.
Eu mal conseguia esconder minha impaciência. Andava de um lado pro outro, xingava baixo.

Na próxima vez que eu tiver um pressentimento estranho, eu vou segui-lo.


O pior de TUDO, é que a raiva vem da tristeza mesmo.
Do desespero de ficar sem o que eu esperava que teria.
Uma dose.
Acordei estranha. Uma velha sensação, misturado com algo novo. Algo meio indefinido.
Algo irritante em mim mesma. Tão irritante por não saber definir isso.

Essa porcaria de não conseguir me expressar. Não conseguir demonstrar o que eu realmente quero. As coisas estão saindo meio embaralhadas. E isso é risco de estragar tudo.
Acho que o melhor é ficar quieta então.

É.
"Só se tem sonhos, só se tem uma história, quem tem amor no coração. Um coração pode ser tocado muitas vezes, mas apenas uma mão vai marca-lo com força suficiente. Um único toque, e bastará. Será o suficiente para você levar sua história sem ponto final, o suficiente para marca-lo pra sempre. Pessoas se apaixonam, almas se amam. O amor pode transformar as pessoas, tornando-as mais puras. Não existe amor sem dor, mas o amor cura qualquer ferida."

"— Eu vou cantar pra você em achar.
— E eu vou ouvir."

domingo, 2 de agosto de 2009

Uma bica nas pernas. Meus olhos se enxem de lágrimas com as verdades atiradas na minha cara.
Perco as forças e minhas pernas se dobram, caindo de joelhos no chão.

A falta das palavras me faz um pouco mal. Não conseguir me expressar é sufocante. Não saber me expressar é pior ainda. E não querer me expressar é o que corta tudo.



"Actions speak louder than words"





sem título

Faz tempo que eu não consigo me expressar tão bem aqui.
O uso de palavras sem sentido, agora não fazem mais sentido mesmo.
É tão fácil voar quando eu estou perto daquela pessoa, mas por incrível que pareça meus pés ainda tocam o chão.
Não porque querem, mas porque eu sei que é preciso.

Os olhos desfocam novamente, fixando o olhar em letrinhas pequenas, mas não posso diferencia-las, o pensamento está vagando pra longe.
Uma pontadinha de um sentimento que não sei explicar explode dentro de mim, nem bom, nem ruim. Neutro.
Algo que estica e volta, por instinto. O problema de quando se estica muito alguma coisa, é que ela nunca volta a ter o mesmo tamanho. Ou ela aumenta, ou ela rompe.
E o pior de tudo, é que estou horas aqui tentando escrever alguma coisa que preste, tentando expor o que estou sentindo, e não consigo pensar em nada.
Só fico enrolando e enrolando, mas não consigo me expressar.
Talvez não seja nem por não conseguir, de fato, mas sim pelo medo de me expressar.
Eu nunca tive medo disso, mas agora como algumas coisas "mudaram", o foco dos meus medos mudaram também.

Eu nunca estive tão determinada, por mais que algumas coisas queiram me "freiar".
Não digo que sempre tenho certeza, porque estaria mentindo, mas (sempre tem um "mas) é algo mais forte do que eu, embora eu sei que possa controlar.(ou acho que posso)

Talvez a dose tenha sido forte dessa vez, porque meu corpo implora por mais.

"Um coração morto e gelado podia voltar a bater? Parecia que o meu podia."

sábado, 1 de agosto de 2009

Parabéns Cuzi

Olha só, 18 anos, uma idade tão importante na vida da gente.

*_* Ah, eu nem sei muito o que falar, só te desejo tudo de melhor nesse mundo, porque você merece.
Continue sendo essa pessoa maravilhosa e carismática que você é, porque não importa a nossa idade, nosso gênio nunca muda, rs.

E que venham muitos outros anos felizes e completos na sua vida, porque você merece MUITO.

Muito amor, muita paz, muita saude, muita farra e acima de tudo muito sucesso na sua vida, cuzi.
Saiba que pode contar comigo sempre. E eu espero que esse seja o primeiro de muitos aniversarios que iremos comemorar juntas.

Eu te amo cuzinha ♥