quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Renew

E quando tudo que você sempre pensou se torna uma grande e nebulosa dúvida?
Você começa a se questionar se está no caminho certo, mesmo sem nunca ter se perguntado isso.
Então você percebe que o que parecia ser certo não é mais.

RENOVAR!
Os ventos gelados de setembro estão indo embora, e junto com o mês de outubro a força de construir algo completamente novo mergulha em minha vida.
Novos horizontes se abriram em minha mente.
Horizontes que me dão vontade ENFIM de ir em frente.
Para um futuro certo, cheio de incognitas, porém certo.
Um passo será dado nesse início de mês... um passo para o sucesso, profissional e pessoal.
Minha mente está tão clara, que não existe mais medo. Pois não existe um passo falso, o que existe são apenas pequenos buracos que tamparei enquanto caminho.

Já posso ver, a luta se transformando na recompensa.
Cada esforço transformando-se em sorrisos.
E a frase "eu consegui" se enxendo em meu pulmões, para explodir por minha boca.

Agora, eu dou início para o que não terá fim.
Porque nessa vida, o que nós não temos, nós conquistaremos.
O que não destrói, fortalece. E o que fortalece não se deixa mais cair

Que comece agora a grande renovação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quebrando correntes.

As correntes romperam.
Foi quase como se meu corpo subisse em alta velocidade até a superfície.
Ar. Eu conseguia respirar, embora meu corpo inteiro doesse tanto.
O coração estava rasgado em minhas mãos, mas eu o soltei e o deixei afundar, junto com as correntes.
A sensação era de não precisar mais de nenhuma dose, por menor que fosse.
A necessidade de ter aquilo, estava se guardando em algum lugar dentro de mim.

As dores eram latejantes, mas eu me sentia viva. Viva como nunca.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Valores

Será que eu perdi os meus valores?
Se antes, meu grande sonho e pensamento era ser uma grande designer, agora eu fecho meus olhos e me contento com qualquer tipo de emprego que me dê meu próprio dinheiro, e talvez um crescimento pessoal — mas de fato, não estou mais pensando em crescimento profissional, e talvez isso me assuste.
Pior quando o pensamento se desfoca e você se depara com uma mentira/verdade que te incomoda tanto.
Você até fala pra si mesma pra não pensar naquilo, mas a imagem que se forma em minha mente é tão nítida que quase arranca um pedaço.
A inspiração começa a vazar e você se sente oca, não em sentimentos, mas em valores.
Você não enxerga mais seus próprios valores. Como se eles nunca haviam existido.
E o pior, são todos esses problemas martelando em sua mente.
Eu sei que para resolve-los eu tenho que ir um por um...
...mas um deles é tão importante pra mim, tão profundo, que eu apenas tenho medo de perder tempo, e medo daquela imagem, que eu tento fugir tanto, se forme e dessa vez real.

Porque sinceramente encontrar os nosso próprios valores é mais fácil quando nós mesmos nos encontramos e talvez eu ainda esteja por ai, sem rota.. perdida.
Mas eu sei, e COMO sei, que minha rota está chegando e eu vou simplesmente faze-la cruzar com a que eu sempre tento seguir.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

aos prantos

Talvez tudo que eu precise seja de um desabafo.
Encontrar um abraço que possa espantar tudo de ruim de mim, nem que por alguns minutos.
Sinto falta da minha janela no 2º andar. Era bom sentar lá e ficar pensando nas incontáveis coisas que vagavam pela minha mente.
Agora eu engulo a dor, abafo o choro e finjo que não estou com medo. Finjo que tenho coragem e que não preciso de uma mão pra me guiar.
A quem eu estou enganando? Como eu posso tentar enganar a mim mesma?
Não estou fraca, mas as vezes o coração aperta, e sabem.... dói.
Porque no fundo, tudo o que você quer é se sentir importante.
Você quer saber que você é uma diferença na vida da pessoa. Não, não que você é uma diferença... Você é A diferença.
Acho que é só isso que eu gostaria de sentir.
As noites são vazias, na minha cama grande de casal não tem nada além de um rastro de perfume e vazio, muito vazio.
As vezes deixo umas manchas de lágrimas no lençol com escritos japoneses, tais como: harmonia, paz, felicidade, sorte, amizade e amor.
As vezes, nas noites vazias, é horrível olhar pra essas palavras.
Eu me olho no espelho e me contento por ter chegado até onde cheguei, mas me envergonho de ver os olhos cansados, o cabelo mal cuidado, as olheiras devido a insônia.
As vezes eu vejo derrota nos meus olhos, e isso machuca mais do que qualquer coisa.
Porque a luta é contra eu mesma.
Crescer ou parar.

Seria fraqueza total da minha parte falar que eu estou morrendo de medo e que eu só gostaria de me sentir segura?

sábado, 19 de setembro de 2009

Já sentiram falta...

...de alguém que está tão próximo em amor, mas tão distante, de fato?
Você sente aquela vontade de contar cada pequeno detalhe que acontece em sua vida.
Suas felicidades, suas mágoas, suas descobertas, seus aprendizados, ou até mesmo contar que você fez um cortinho no dedo e mostra-lo só para ganhar um beijinho com amor.
Você começa a se esquecer de como é bom isso, não porque você quer, mas porque a ausência disso começa a se tornar tão grande que você se acostuma a não fazer mais isso.
Você deixa detalhes passar, ou quando vai contar alguma coisa — dias depois de ela ter acontecido — você perde a empolgação de falar, e até se esquece de alguns detalhes que você não teria deixado passar se fosse como antes.
Acho que o mais triste é isso, você se acostumar com a ausência e achar outros modos de suprir isso.
Sabendo que ninguém nunca te fará sentir daquele modo. Ou que nunca ninguém será tão sua confidente como ela.
Porque é a unica pessoa que você poderá contar suas cagadas — ou pelo menos a maior parte delas — e ela só tentará te ajudar, ao invez de te tacar pedras.
As vezes é difícil, a ausência começa a nos deixar loucos, a ponto de você pensar que o amor está se apagando.
Mas é ai que você percebe a dor disso, e se dá conta de que se não houvesse amor, não haveria essa dor.
E nada, nem ninguém irá ocupar o lugar desse amor tão poderoso, pois ele é único.
Um amor regado à 21 aniversários, onde ela estava presente em TODOS.
E eu? Estive presente?
Como pode ser possível amar tanto, MAIS TANTO alguém e suportar essa ausência contínua?
Pra mim basta lembrar das tantas coisas boas. Basta saber que esse amor é eterno — porque de fato é — e continuar desejando essa ligação.
Mas mesmo perdendo tantos acontecimentos, você está ciente que de onde for começar a aproximação de novo, vai ser como se nunca tivesse acontecido esse momento de ausência.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Na espera..

...do pôr do sol Paula se sentia tão bem, que qualquer um que a olhasse sentiria uma leve inveja de sua felicidade e seu bem estar.
Quando o sol tocava sua face, ela praticamente brilhava, juntamente com seus olhos.
Paula podia sentir tudo que o amor de sua vida quis dizer no bilhete.
Ela se sentia amada, aquecida e mesmo de longe podia saber que estavam pensando nela, do mesmo modo como ela estava.
Essa sintonia que nunca tinha fim, porque as almas estavam tão ligadas por esse amor, que era impossível isso acabar.

Paula estava radiante, estava calma e sabia que logo estaria em volta dos braços que tanto desejava.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quando chegou...

...no cemitério, Paula achou o que buscava.
Um pequeno bilhete estava cuidadosamente colocado em cima da terra fofa.
Paula pegou o bilhete em suas mãos e o leu:
"Querida Paula, fiquei emocionada com a música que me mandou pelos ventos.
Me lembra aquele fim de tarde que eu te filmei cantar, sem você ver, lembra?
Me lembra também quando você me fez cantar e eu te fiz ficar de costas, e logo depois fui embora, de tanta vergonha que estava. Você tinha prometido que não diria nada, e de fato não disse, mas não precisava falar nada, bastava olhar nos seus olhos pra saber o que você estava sentindo.
Eu não tenho pressa pra te encontrar. Porque tenho a mais doce certeza de que é você que amo. E mesmo que eu esteja com as pessoas erradas me divertindo, é com você que quero passar os anos da minha vida, e envelhecer juntas. Mas para isso, estamos aqui, sozinhas, moldando nossos corações.
Não se esqueça de olhar pro pôr do sol, pois ele te levará tudo que sinto.

Ass: S."

Paula abaixou suas mãos e mirou o céu.
Ela ficaria sentada lá, até o sol se pôr.

Paula havia...

...mudado até os caminhos que percorria. Resolvera ir para o cemitério por outro caminho.
Um outdoor chamou sua atenção. Estava um pouco rabiscado, mas o que chamou a atenção de Paula, foram duas frases:

"Nenhum de nós fazemos muito sozinhos, exceto morrer."
"Mais amor, por favor."

Aquilo fizera Paula pensar...

sábado, 12 de setembro de 2009

felicidade

Paula se sentia incrível. Radiante e bonita.
Toda essa liberdade dava-lhe uma pequena mostra do mundo que nunca teve a chance de conhecer, de fato.
Mas Paula sabia também, que toda liberdade custava-lhe caro.
Cada dia sem planos, era como uma página vazia de um livro — onde não se tinha nada para poder escrever, mas não por não ter acontecimentos, e sim porque não havia com o que escrever.
A liberdade é escrita com os dedos e quando você se dá conta, você está vazio, pois não escreveu nada. Sem história, apenas lembranças divertidas e borradas que com o tempo irão desaparecer, enquanto as páginas gastas de histórias escritas com mais de uma caneta, se cravam na mente e marcam com coração.

Paula só estava se sentindo um pouco ansiosa.
Tivera um passo importante nesse dia, e estava com receio de que toda a felicidade se esvaziasse como em páginas escritas com dedos.
Mas o fato de Paula estar tão bem consigo mesma, atraia pra si mesma as melhores coisas que poderia desejar...

...incluindo tudo que ela quer.
Afinal, tudo que Paula quer, ela consegue ter.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ao caminho do cemitério...

...Paula percebeu que algo a estava incomodando.
Será que ela percebera que os ventos não iam levar seus surrussos pra 'ela'?
Ou ela apenas se sentia estranha por outro motivo a estar incomodando? Um motivo desconhecido, que Paula nunca havia sentido antes.

Paula parou por um segundo, e se deu conta de que não sabia quanto tempo havia se passado desde que voltou a vida. Trêmula, olhou seu relógio, caro, de pulso e viu a data.
Por um segundo, o mundo de Paula parou. Como isso foi acontecer? Já haviam se passado semanas, enquanto Paula achava que estava em dias.
Um pouco tonta, ela se sentou em uma pedra, que estava no caminho lamacento.
"Eu não lembrava de como a vida passava tão rápido. De como os dias iam voando e as semanas apareciam correndo. De como a vida continuava tão rapidamente seu rumo desconhecido.
E de tantas pessoas que já conheci nesse mundo, de quantas me lembro agora, se não pouco mais de dez no máximo? Pessoas que se parecem segunda-ferias tediosas; que passam arrastadas, sem nada para nos oferecer. E pessoas que são como um pote de ouro, que queremos guardar, limpar, manter longe de todo o risco. E nos esquecemos, que essas pessoas 'potes de ouro' são como nós, e que a vida de ninguém vai parar, mesmo se a nossa dê uma brecada, ou se a dela mesma brecar.
E nessa brecada, você monta um muro de pedra em volta do seu coração, para que não possa a voltar sentir nada igual. Você imagina a pessoa que ama indo embora, e você sabe como é duro quando ela parte. Então os dias vão passando e passando, mesmo você achando que eles nunca vão passar, ai você muda, olha pra trás e fala: Eu não sei, eu não pensava assim...
Porque você achava que nunca consegueria mudar, mas conseguiu porque você tentou, você se esforçou, se quebrou em pedaços, mas se tornou uma mulher de verdade.
E ai que toda a recompensa vem, e que por ter visto os 'potes de ouro' como pessoas como nós mesmos, os caminhos se cruzaram novamente, e mesmo você não esperando isso, você vai saber que é a hora."

Paula se sentou em sua varanda...

...e desejou que 'ela' estivesse ouvindo os ventos, não importava onde ela estivesse.
Paula sussurrou para o vento, a música que era a favorita delas, para que assim 'ela' pudesse saber que Paula estava cantando, como sempre costumava fazer.
Depois da canção, Paula sussurrou: "Onde quer que estejas, saiba que estou me preparando pra te buscar. Não vou com pressa, quero estar completamente preparada dessa vez, para não largar-te na mão novamente, para não morrer de novo. Não sei de que modo vou encontrar-te, nem em que circunstâncias foi te achar, mas saiba que vou entender, qualquer que seja essa tal circunstância. O que não vou fazer é morrer novamente, porque dessa vez, acho que não aguentaria viver sem 2/3 de mim, e sem meu coração, e nem você aguentaria não ter 2/3 de mim, e não poder cuidar do meu coração, pois ele pararia de bater dessa vez. Estou indo, sem pressa, mas não vou demorar."

Paula levantou-se, e caminhou até seu closet para pegar um casaco.
Ela iria ao cemitério, saber se os ventos haviam entregado seu recado.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

As pernas...

...de Paula sangravam sem parar. O vermelho jorrava e manchava o azuleijo branco e brilhante.
A dor era latejante, mas nada comparado com a satisfação de estar livrando-se de sua parte perturbada.
Paula sabia que teria que fazer isso até o final, não importando a dor que sentiria a cada centímetro cortado de sua pele branca.
Ela tinha total certeza de que se fosse até o fim, consegueria tirar dela mesma toda a parte que se auto machucava.
Não aguentando mais a dor que sentia, Paula abaixou seus mãos, e descansou o punhal de prata.
Ela tinha entendido que não poderia fazer isso só de uma vez, porque isso apenas a mataria.
Então Paula se deitou no chão ensopado de sangue, e esperou até que suas forças se recuperassem, para que ela pudesse se levantar e ir até o único lugar que poderia haver outra sobra de força: O cemitério.

E o maior inimigo...

...de Paula Schuctz, era ela mesma.
Com sua consciência de que a culpa podia ser inteiramente e unicamente dela.

Mas Paula sabia derrotar seu maior inimigo, pois a única que podia mudar isso e derrota-lo...
...era ela mesma.
Com um punhal de prata, Paula havia começado a rasgar si mesma.
Para que assim, pudesse começar a se livrar de tudo que fazia com que ela mesma se derrubasse, sendo assim poderia fazer tudo diferente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O que Paula sentiu...

...é que ela devia ir até o cemitério aonde fora interrada.
Fora sem nem pensar no porque desse desejo repentino, ela apenas achava que deveria ir.
O sol batia fraco sobre a terra onde costumava estar a lápide de Paula Schuctz, mas havia algo lá que não era pra estar.
Paula abaixou-se e pegou em mãos um pequeno bilhete.
Imediatamente suas mãos tremeram e ela o começou a ler. Dizia:

"Querida Paula, não ouço mais os ventos me falarem de seus pensamentos pra mim.
Eles me dizem agora, que eu deveria lhe dar um pouco de crédito, porque nunca a viram agir dessa forma. Me dizem que você tem tentado a todo custo, mas meus pensamentos negativas e realistas demais dizem que eu não quero ver tentativas, e sim resultados prontos.
Então ontem o vento me trouxe uma última notícia sua. Disse que eu devia te dar créditos só pelo fato de você estar tentando como nunca tentou, e que só isso deveria me mostrar as mudanças de Paula Schuctz.
Mas o que realmente me incomodou, Paula, foi que os ventos me falaram que você não tem mais falado de mim. Que agora só fala de como quer crescer e conseguir tudo para o que vem lutando tanto pra ter; pra ser mais mulher; pra conseguir viver do modo certo.
Isso apavorou-me. Paula, meu amor, você não quer mais encontrar-me?

Ass: Srtª S."

Paula mal podia acreditar no que estava lendo. Como ela poderia ter pensado dessa forma?
Paula pegou um velho lápis que estava em seu bolso, virou o papel e escreveu:
"Estou fazendo dessa forma, para que quando lhe achar eu não morra novamente e deixe-lhe sozinha.
Com carinho: Paula S."
Dobrou o pequeno bilhete, o colocou na mesma posição em que o tinha encontrado e foi embora para sua casa, enquanto admirava o belo crepúsculo que se formava.
O dia de Paula estava acabando, mas sua luta apenas começando.

O céu chorava...

...e gritava, tanto quanto Paula, que deitara em sua cama, em seu quarto completamente escuro. Abraçara seu travesseiro, e se cobrira da cabeça aos pés, enquanto chorava à ponto de implorar ajuda a Deus.
A tempestada que caia, era a forma que Deus demostrava como sua total tristeza, mas que por mais que ele quisesse a ajudar, ela tinha que fazer sozinha. Tudo que Deus podia fazer era dar sinais, que podiam ou não ser intendidos, usados ou vistos.
Mas enquanto o vazio de Paula sofria, sua alma cantava uma música de glória.
Pois sua alma sabia, mais do que uma ilusão poderia mostrar.
Paula estava se sentindo bem, sua cabeça estava com tantas funções, tantos objetivos e promessas, que mal tinha tempo para pensar em sua busca por seu coração.
Porque antes de Paula recuperar seu coração, ela precisava fortalecer sua alma, e sua mente, para que assim ela não tropeçasse em sua luta e vitória — podendo assim, levar como prêmio, a coisa que ela mais deseja, ou já desejou: Encontra-la.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um terço...

...de Paula já havia se ido juntamente com a lápide, mas isso não era o suficiente para Paula conseguir respirar sem dificuldade.
Paula pegou suas lembranças, as colocou em um potinho transparente, com a tampa branca, e o fechou.
Quando os olhos se focam diretamente nas lembranças, elas podem ser facilmente vistas por qualquer um.
Paula observou por um momento suas lembranças, e a dor de seu vazio começou a sufoca-la.
Apertando o pote bem forte em suas mãos, Paula desviou o olhar e o enfiou dentro de uma gaveta vazia — para que um dia, alguém pudesse ver e sentir tudo que Paula havia passado.

Sem lembranças Paula podia.

O pânico..

...ainda estava visível no rosto de Paula.
Ela sabia que iria mudar, mas a visão em sua mente a perturbava.
Como foi que ela ficou tão acabada, tão destruida?
A pior dor depois da de um coração partido, é a de não ter mais um coração.
O vazio absorve cada gota de esperança, cada gota de alegria, e você murcha feito uma rosa morrendo.
Paula sentia uma vontade imensa de chorar, mas nem se quer os músculos se contraiam para formar as lágrimas.
Seu rosto acabado, suas feridas abertas, seu vazio negro, seus devaneios, sua falta de esperança de encontrar a dona de seu bilhete, o mistério de sua morte e de sua ressurreição.......

.......Paula Schuctz apagou.

Com um impulso..

..de coragem, Paula arrancou o velho lençol sujo e manchado e o deixou cair no chão.
Ficou parada em choque, quando viu seu reflexo no espelho.
Paula estava acabada. As olheiras muito mais fundas do que de costume, o cabelo bagunçado, a pele mal cuidada, a boca seca.
Paula lançou suas duas mão para segurar o grito de horror que estava querendo sair, mas as lágrimas ela não conseguiu segurar.
Caiu no chão, de joelhos, e soluçou enquanto gritava de tanto chorar.
O que Paula vira, não era exatamente ela, e sim uma parte destruida dela, uma parte sem sonhos, uma parte com medo, uma parte sem fé e esperança.
Mas a partir dessa boa olhada no antigo espelho, ela sabia: Ela iria mudar.

Por sorte a casa...

...onde costumada ser o lar de Paula Schuctz, estava vazia, mas estranhamente familiar — os móveis continuavam no mesmo lugar de antes.
Após o banho demorado e fervendo, Paula deitou-se em sua cama — o edredon continuava a ser o roxo e o travesseiro de pena praticamente estava com a forma da cabeça de Paula.
Há quanto tempo ela esteve morta?
Deitada em sua cama, Paula começou a relembrar de tantos momentos insanos que já passou à dois debaixo daquele edredon. As memórias ficavam tão claras que Paula quase podia sentir as gotas de suor que pingavam naquela memória.
Só que o que a Schuctz não notou, era que ela estava completamente sozinha agora.
Ela estava morta para todos, e 1/3 dela, fora embora junto com a maldita lápide.
As lembranças mudaram de foco. Não eram mais lembranças, e sim imagens do que podia estar acontecendo, poderia já ter acontecido, ou poderia acontecer a qualquer momento.
Srtª S. estaria se envolvendo com outra mulher, ou com algum homem? Teriam os dois feitos sexo? Alguém havia tocado no corpo da mulher que ela tão bem conhecia, embora não conseguisse lembrar de seu rosto?
As perguntas perturbavam Paula, então ela se pois de pé, já que estava fazendo de tudo para não fechar seus olhos, andou até o final do corredor, e abriu uma grande porta de madeira.
Dentro da sala escura, havia uma cortina gigantesca e vermelha, que descia um pouco abaixo do topo do teto, até o chão. Havia uma pequena poltrona em um dos cantos da sala e bem no meio da sala, na frente da lareira, havia um antigo espelho coberto por um lençol — pelo visto era a única coisa que cobriram com lençois na casa.
Ao dar três passos Paula parou repentinamente, à alguns metros do grande espelho. Ela estava com medo de se olhar — embora só tenha se dado conta agora, ela não havia visto seu reflexo desde que apareceu viva.

Mas o maior medo...

...de Paula Schuctz no momento, era de fechar os olhos.
Ela achava que se fechasse os olhos, poderia morrer novamente.
Então ela nunca consegueria entender como morreu, e muito menos achar a srtª S. para mostrar-lhe que continuava viva e esperando por ela.


Paula não conseguia fechar seus olhos, por mais que ela tentasse, a ausência dos batimentos cardíacos e a falta do barulho que eles fariam a mantinha acordada, delirando em razão e motivos para suas perguntas.
O comportamente catatónico a deixava desequilibrada.
Paz; agitação; paz; agitação.
Era assim que aquela noite se resumia. Tentando encontrar o que buscava, mas o que Paula não sabia é que o que ela procurava se encontrava do outro lado do antigo espelho de seu quarto.

domingo, 6 de setembro de 2009

oi tu

Há quem ame um sorriso; há quem ame um beijo; há quem ame uma risada ou uma voz; há quem ame uma ruguinha de raiva, que se forma no cantinho do olho; há também quem ame a forma com que a boca fica quando a pessoa está preocupada; há quem ame uma mordida e um bico de manha; há quem ame um olhar; há quem goste de um abraço forte; a quem goste do modo como a mão dela passa no seu corpo, ou o modo como ela te faz carinho.
Há também aqueles que amam o silêncio, mas há quem prefira uma conversa longa e sem fim – mesmo se for uma conversa sem pé nem cabeça, ou alguma história do passado, ou até mesmo discutir sobre o amor.
Há quem goste do cabelo solto, há quem goste do cabelo preso e até quem gosta do cabelo bagunçado e suado. Há quem goste de ligar de manhã, mas outros que preferem ligar de noite. Há quem goste dos momentos bons, mas existem aqueles que também gostam dos momentos ruins, porque são deles que se cria a força pra continuar. Há quem goste de encarar, sem falar absolutamente nada, porque os olhos falarão tudo. Há os que gostam do TUDO ou do NADA.

De tantos gostos e desgostos, eu escolho todos. Porque pra mim não existe uma coisa que me agrade mais, ou me desagrade mais. Pra mim é tudo um complemento, mas sinceramente, não foram todas essas coisas que eu citei que me fizeram realmente amá-la do modo como amo.
O que mais me encantou, (e eu sinto tanto por não ter aproveitado tão intensamente isso) foi o seu jeito de menina mulher. Você é tão mais mulher do que eu, que eu me sinto como uma criança mimada e pentelha perto de você às vezes.
Mas pra tudo existe um motivo, certo? E se Deus te colocou na minha vida, nesses oito meses não foi em vão. Sei que não fui o exemplo prodígio de “aluna”, mas já ouviu falar que “quando a água bate na bunda, todo mundo aprende a nadar?” (é alguma coisa assim RS)

Pois é, e o bom de tudo isso, é que eu tirei duas lições importantes (entre as outras tantas que tirei), mas não vou citá-las aqui, pois não há necessidade. Eu queria, menina MULHER, agradecer do fundo do meu coração – mesmo você já tendo falado pra eu não agradecer – por ter entrado na minha vida e feito de mim o que eu serei amanhã. Por ter encantado o meu coração com seu amor, e por ter libertado minha alma de todo o mal que a rondava. Você não só me ensinou a amar, mas como também me ensinou como as coisas podem ser tão complicadas e cansativas, mas que pra tudo no amor tem um jeito. Porque por mais que canse, quando um espetáculo é bem feito, ele merece ser aplaudido de pé. E como nosso amor é um palco de histórias, agora você será minha espectadora, pois atuarei sozinha nesse ato.

Eu te amo. Eu te amo demais... e eu sei que eu posso transformar esse amor, no amor que você sempre quis ter com você. Num amor que acompanha o crescimento pessoal, não atropelando nada, assim.
Obrigada por mais um mês de ensinamentos, de dificuldades, mas repleto de amor (e um pouco de ódio, né?). Obrigada por ser a mulher da minha vida. Eu, com toda certeza, sei que é você (e podem mais mil pessoas falar isso, eu não ligo e nem me sinto mais idiota por isso. Muito pelo contrário, eu me sinto privilegiada, porque diferentes de todas, sou eu quem você ama, mesmo repleta de defeitos e chatices.)
Nosso amor pode estar longe de ser perfeito, mas ele é assim porque é tão nosso. E tudo que tem EU e VOCÊ vale a pena. Só que a partir de amanhã será o começo de um novo capítulo... e eu vou titular esse capítulo de: “O modo certo de amar e viver.”
E será nosso mais longo capítulo, pois vamos escrevê-lo juntas, em harmonia com nós mesmos, com nossas vidas e com nosso amor. Porque eu não vou permitir que oito meses do amor mais incondicional e imperecível que eu já tive acabe assim.

Como eu te falei no começo de TUDO: “Enquanto você me quiser pra você, eu serei sua.”
Porque por você, eu sou capaz de tudo – que for saudável e que me faça bem, te faça bem, e nos faça bem. Porque agora eu entendo, que mesmo você não sendo minha, você é. Porque quando dois corações são marcados não tem mais volta. E o meu coração está marcado com seus sorrisos, suas canções, suas palavras, seu olhar, seu nome e o mais importante: com o SEU coração junto ao meu, batendo em sincronia.
O seu silêncio me ensinou tantas coisas, que eu aprendi que o silêncio pode ser uma das chaves para o sucesso, mas se tem uma coisa que eu não posso deixar de falar é que você é a melhor parte de mim. Estando brava, triste, feliz, cansada, hiperativa - ou qualquer outro tipo de adjetivo que eu possa nomear – você é sem dúvidas a pessoa pra mim, e pode crer nessa... eu vou ser a pessoa pra você, a melhor. Porque nada, nem a minha grande falta de noção, pode estragar isso.

Sabe porque???

Porque somos boas sozinhas, mas somos muito melhores, JUNTAS.
Eu te amo.

A caminhada.

O silêncio era tanto que ea só conseguia ouvir seus passos.
Dois passos para cada segundo, precisamente. Dava até pra contar.
Uma vez ou outra um carro passava, mas ela estava tão presa em seu silêncio que não ouvia barulho algum, só enchergava os faróis passando apressados.
No céu, Paula avistava poucas nuvens, mas não conseguia enchergar as estrelas.
O seu silêncio era tão poderoso, e a solidão tão presente, que sua mente conseguia trabalhar sem se distrair.
Mas a vontade de Paula era se deitar no chão, e admirar o escuro céu sem estrelas.
Paula fizera uma promessa aos céus — na verdade duas. Promessas nada futeis, comparadas com as que já fez outras vezes.
Ela podia sentir em cada veia do seu corpo a mudança.
Paula, mesmo com seus 25 anos, ainda era muito criança, mas a "morte", o bilhete e a falta de seu coração em seu corpo estavam tornando-a mulher.
Agora ela havia achado uma explicação para as formiguinhas andando em seu corpo: transformação.

A memória morta.

"Quando se tem tudo e depois não se tem mais nada, o que você faz?
Uma hora você tem a vida, e na outra não tem mais.
Mas o pior do que se perder a vida, é perder as memórias..."

Paula escrevera isso em um pedaço de papel sujo, e o guardou no bolso do jeans rasgado.
Enquanto ela pegava sua lápide e a arrancava do lugar onde pra sempre ficaria seu túmulo, ela sussurrava:
"Sem essa lápide, a memória fica fraca, e com o tempo vai se esquecendo.
Eu tiro um terço de mim, enquanto ataco esse pedaço de pedra fora.
Porque com ele, 1/3 do que foi Paula Schuctz morre junto."

"Será como se eu nunca tivesse existido."

Paula pensou nisso no exato momento em que atacou pra longe a grande lápide, e ela se espatifou em mil pedaços.
Nesse exato momento uma pequena dor, porém latejante, começou a se manisfestar no vazio do peito de Paula. Como se um pedacinho da alma dela tivesse morrido.
Porque agora ela sabia. Ela só seria lembrada, por quem ainda tivesse fé nela.

O coração de Paula Schuctz

Ela se sentou numa pedra perto de seu túmulo de mármore.
As lágrimas rolavam de seus olhos, descendo silenciosamente pela sua face branca e acabada.
O cabelo que voava com o vento, estava bagunçado, mas ela não se deu o luxo de arruma-lo pra trás.
Continuou parada contemplando o chão, enquanto suas lágrimas caiam.
Os soluços mostraram que estava na hora de doer o coração, mas não havia coração em Paula.
Ela não conseguia ouvir seus batimentos, e automaticamente colocou a mão no bolso do seu palitó verde-musgo para pegar o bilhete de seu grande amor.
Ela o releu e lembrou-se que seu coração não estava mais com ela, mas logo em seguida se desesperou pois não sabia aonde encontrar seu coração e nem a pessoa que estava cuidando dele.
Paula sabia que ela começaria uma grande busca para encontrar seu amor.
Mas Paula se sentia tão viva, que essa busca quase tão impossível se tornou um leque com muitas possibilidades.
Paula seria independente, auto-suficiente, e então buscaria o que lhe faltava: O coração.

Paula Schuctz

Paula Schuctz é meu heteronimo facilmente descrevido como triste.
Uma mulher de cabelos longos, escuros e ligeiramente sujo. Olhos fundos, com leves olheiras.
A pele branca pela falta do sol em sua nublada e vazia vida. E a voz rouca e baixa.
Paula, como uma mulher de 25 anos e completamente sensível, vive se machucando e caindo.
Mas ela nunca desiste de encontrar novamente o amor que tocou sua alma pra sempre; que roubou-lhe o coração com as mãos calejadas, e o guardou consigo mesmo enquanto deixou um pequeno bilhete encostado em seu túmulo: "Eu não sei onde você está agora, nesse lugar tão longe de mim, mas saiba que seu coração continua batendo aonde eu o guardei, porque todos os dias, dou-lhe uma pequena dose do amor que tenho por você para que ele se mantenha vivo e que você possa se levantar novamente da terra seca e voltar para os meus braços, pequena p. Ass: Srtª Schecter"


Os olhos de Paula já estavam começando a se focalizarem novamente.
Ela respirou fundo enquanto dobrava seu bilhete inesperado, para guarda-lo no bolso de seu palitó verde musgo.
"Paula" ela ouviu alguém suspirar. Ergueu seus braços e os abriu, sentindo o vento que batia forte. Mesmo encarando de frente seu próprio túmulo, ela sabia....

....nunca havia se sentido tão viva na vida.

O túmulo vazio de Paula Schuctz.

Ela enxergava sua própria vida como um filme que rebobinava.
Conseguia ver seus olhos abrindo lentamente enquanto a escuridão ia mudando do preto para o marrom.
A terra era deixada pra trás, e os braços giravam sincronizadamente para frente enquanto ela era impulsionada de volta para a vida que lhe fora tirada.
Ela estava parada na frente de uma lápide. Os olhos arregalados e em choque lendo seu próprio nome cravado na pedra: "Paula Schuctz."
Sua mão foi rapidamente levada a boca para impedir que a ânsia do desespero saisse de dentro dela.
Ela se lembrava bem, era seu túmulo, mas ela não sabia porque estava parada "viva" na frente dele. Lendo cuidadosamente cada palavra: "Paula Schuctz 1988-2009 amorosa criança, magnífica mulher." Paula começou a se questionar sobre sua morte e sua possível ressurreição.
Como num lampejo de emoções, Paula queria ver seu rosto em algum espelho — precisava saber como estava sua aparência, já que havia morrido, mas estava viva.
Precisava lembrar-se de algo que havia que passado sem perceber.
Uma vida não pode ser rebobinada, mas um relógio pode retroceder.
O tempo voltara para Paula Schuctz, mas a vida que lhe fora tirada jamais retornaria com a inocência que um dia tivera.

Grande Mudança.

"Para fazer uma mudança radical na sua vida, você precisa mudar TUDO. Velhos hábitos, caminhos, até a posição dos móveis no seu quarto."

Para começar minha grande transformação, digo-lhes que mudarei completamente minha forma de escrever.
Começarei com ficção. Fatos reais criados em um personagem problemático e talvez doente, em um universo impossível.

Enquanto não consigo ajeitar meu lado profissional (o que vai ser o grande passo essa semana que está por vir) me dedicarei à minha arte de escrever e desenhar.
Me dedicarei ao meu crescimento pessoal, tanto dentro de mim, quanto fora (o que vai ser meio difícil já que eu não cresço, rs).

Enfim, paro por aqui, porque apesar da minha grande impolgação para fazer tudo logo e ser quem eu sempre desejei ser, eu não dormi ainda, e veja bem, caros leitores.. são 10h10 da manhã e eu estou acabada.
Quem sabe no meio de algum sonho eu não encontro o começo da minha grande mudança.

sábado, 5 de setembro de 2009

Até os maiores sonhos podem ser destruídos por falta de fé, dedicação e força pra aguentar o que vier pela frente.
Tropeçamos em nossos deslizes e arruinamos uma vida inteira de sonho. Afundamos juntamente, assim, as pessoas que estão tão próximas de nós.
Nos deixamos levar por coisas tão pequenas perto de tudo o que estavamos construindo, e quando vamos perceber nós derrubamos aquela cabana tão preciosa.

Porque, eu pergunto-lhes.
Porque somos fracos. Não sabemos carregar o fardo que é ter um sentimento tão forte.
Não por ser ruim, muito pelo contrário; é um sentimento tão bom, que por acharmos isso começamos a nos esquecer do real valor. Começamos a não nos dedicarmos, porque achamos que esse sentimento, essa pessoa estarão sempre lá.
Então você destrói tudo. E percebe enfim, o quão fraca foi por não ter aguentado.
Percebe que pra TUDO se daria um jeito; que quando duas pessoas querem, de fato, ficar juntas elas fazem qualquer coisa que esteja, ou não, ao alcance.
Mas por não saber equilibrar os problemas e não dividi-los direito com a pessoa amada, você se sobrecarregou, e no final das contas não só não resolveu nenhum dos problemas, como perdeu a melhor coisa em você.
Perdeu a única pessoa que estaria lá a hora que você precisasse. Perdeu a única pessoa que ia passar a mão na sua cabeça depois de um dia exaustivo; perdeu o sorriso que tanto lhe agrada; perdeu os mimos sem fim — que você parou de dar valor com o tempo.
Você até desejou ficar longe da pessoa, não ouvir a voz dela, nem olhar pra cara dela, mas ai você a perdeu MESMO.
Não existe mais voz, nem mais cheiro, porque agora tudo que você tinha sobrecarregado, mas que estava estável, cai sobre você.

(...)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Agradar a pessoa que amamos é uma coisa tão boa, né?
Ver aquele sorriso, ou até mesmo aquela cara de vergonha, de surpresa.
Ela não esperava por isso, e lá está, feito para agrada-la.
Eu poderia passar o dia fazendo coisas pra agrada-la.
Não tem preço ser puxada para ganhar um beijo com gostos variados rs
E muito menos olhar pra pessoa que você quer, enrolada no seu edredon roxo, com o cabelo bagunçado e um sorriso nos lábios.
Tirar metade dos problemas da pessoa, e joga-los em suas costas, para ajuda-la a aguentar.
E lutar pra crescer. Porque agora, vamos crescer juntas.

"— Eu te amo, muito.
— Eu também te amo. Muito."

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A menina mulher.

Já se questionou porque te amo tanto?
Porque és a mulher da minha vida?
Não se trata apenas do meu amor incondicional por você, mas sim pela grande menina mulher que você é.
Você vive me pregando peças, me tira a fala, faz com que eu me sinta tão pequena — sem contar em tamanho — faz com que eu me sinta uma criança.
E então eu me pergunto: O que eu tenho para julgar-me adulta?
Idade, só se for.

Em um ano, eu vivi o que eu não vivi em 20.
Você não é apenas a pessoa com quem eu quero viver até o último dia da minha vida, você é a pessoa que quer me puxar pra cima, junto com você, junto com o seu crescimento.
Agora faz sentido tantas coisas.
Você tenta me puxar, e eu não me esforço pra sair do lugar.
O amor, está muito acima de amar. O amor cresce com o passar dos dias, e se não nos esforçarmos para crescer junto com ele, ele nos atropela, e nos torna escravos.
É isso que eu demorei pra entender.
Não adianta eu manter um sentimento tão grande dentro de uma "casa" tão pequena.
Não por tamanho físico, mas por tamanho mental.
Porque você iria querer ficar com alguém tão pequeno? Que não adiciona nada?
Eu posso ser incrível quando eu quero, e eu sei que sou incrível.
O problema estava mesmo no querer, talvez não no querer SER, mas querer se esfolar pra conseguir.
"Sair da zona de conforto." (meu ex chefe falava isso).
Você me trás um crescimento interno tão grande, que as vezes eu nem acredito em quão burra eu sou de não conseguir enchergar isso.
Não, não... Não estou me referindo a enchergar o amor. O amor é consequencia de atos bem feitos.
Quanto mais se acerta, mais pontos se tem, mais o amor crescer.
Quanto mais se erra, mais pontos se perde, e o amor não diminui, mas ele se desgasta, se cansa.
Estou me referindo a enchergar os pontos que devem ser mudados.
São tantos, mas eu sei por onde começar. Dessa vez eu sei.

Sei que não devo agradecer-te, mas insisto.
Obrigada por estar na minha vida, por fazer parte da minha vida, e por ter tanta paciência e querer FICAR na minha vida.
Porque eu sei, garota, fomos feitas uma para a outra.
Cada uma de um jeitinho, cada uma adicionando coisas novas à outra.
Eu te amo, pode apostar em mim, porque a aposta está ganha.

Grandes mentes.

"Quando somos criança, queremos ser jovens. Quando viramos "jovens", queremos voltar a ser criança, mas queremos crescer mais.
E quando viramos adultos, tudo vira nostalgia — você quer ser criança de novo, você quer ser "jovem".
Ai você fica velho, e quer voltar a ser adulto, voltar a ser "jovem", voltar a ser criança, e tudo não passa de lembranças...
E o mais engraçado, é que sempre as lembranças que ficam cravadas em nós, são as boas.
Quando sofremos não lembramos de nada de bom, só da dor. Depois quando passa, a gente só lembra das coisas boas, e as ruins ficam lá pra dar risada — por lembrar como você era inútil.
O que você considerava o fim do mundo, não passou de uma página escuro do seu caderno da vida.
Eu fico me questionando quando isso vai passar..
Eu posso não aparentar tanto, mas eu estou despedaçada."

"Isso tudo faz parte do que eu considero o maior problema que o ser humano encara e, a maioria das pessoas, não enxerga e nem se da conta disso. Nós só queremos, querer de verdade, aquilo que esta fora do nosso alcance.
Nós passamos a vida inteira querendo passar a nossa vida pra frente como se fosse um filme, querendo passar só nas partes boas. Quando nós somos jovens principalmente. Queremos passar logo tudo. Chegar a 'vida adulta' achando que vamos conhecer liberdade de verdade. Mas ai, quando nós percebemos que é muito diferente do que a gente imaginava e nos vemos presos a rotinas, obrigações e tarefas que não queremos fazer, tudo que nós mais queremos é voltar no tempo. Mesmo que seja pra passar por todos os problemas que passamos quando estamos na adolescência... E quando envelhecemos mais ainda isso só tende a piorar. E essa coisa da lembrança, isso é uma defesa dos seres humanos. Ninguem quer guardar as lembranças ruins e inconscientemente, as pessoas trancam essas memórias em suas mentes a ponto de esquecerem que elas existiram, ou no maximo, ter uma vaga lembrança de coisas ruins do passado. Ser humano não sabe conviver com a dor da decepção, da derrota, da frustação. Porque, desde pequenos, nós somos ensinados a querer ser os melhores sempre, a vencer sempre. Mas nem sempre é assim. Nem sempre da pra ser o primeiro na corrida e quebrar os records. As vezes temos que nos contentar com a limitação do nosso próprio corpo e mente.
Mas ninguem consegue fazer isso, porque não quer e porque a sociedade nos cobra a perfeição em tudo hoje em dia.
E por fim, quando chegamos em uma idade mais avançada, nos pegamos 'presos' a lembranças de todas as melhores épocas de nossa vida, e queremos reviver tudo isso. As melhores partes. Qualquer pessoa quer reviver o que foi bom e esquecer o que foi ruim, isso não é pecado pra ninguem... Nós só precisamos nos conformar com as nossas limitações e aceitar nossas responsabilidades perante o mundo. E aprender a conviver com a dor ou pelo menos aceita-la como ela é. Aceitar a dor, encara-la de frente, é o primeiro passo pra curar ela de verdade, não adianta fingir que ela não esta ali e esconde-la em algum canto, porque vai ser sempre como uma ferida que você, você pode até não ver, mas vai sempre ficar latejando na sua pele."

Pra que sermos perfeitos para os outros, se tudo que todos querem é que sejamos simples?
Porque não aceitar, ao invez de criar milhares de desculpas para o que, de fato, não podemos alcançar?
Porque não aceitar uma verdade, ao invez de inventar uma?
Na dor, o coração se expande. Porque não deixar que esse sentimento saia de dentro de você e dê o seu último suspiro de tentativa?
Pessoas que sentem mais, tendem a sofrer mais?
Talvez, mas com certeza, são mais felizes.
Pior do que enganar alguém, é se enganar. Forjar "sentimentos mecânicos, em troca de alguma coisa."
O que ganham em troca, a não ser o vazio de um sentimento que já está apagado?
Porque as pessoas não assumem seus próprios defeitos, ao invez de julgar o próximo?
Aceitar seus defeitos é o primeiro passo importante. Como podes julgar alguém se está enfiado no meio de todos seus erros?


Agora, eu começo algo novo.
Algo novo que fará com que vocês entendam grandes mentes que sentem.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

queria que você soubesse..

..que o mundo fica mais sem graça sem você.

Não existem as cores mais bonitas, apenas as primárias.
Não é fácil assim, como você pode pensar, confessar-lhe isso, mas..
Eu pertenço ao seu lugar, e você ao meu.
Queria sentir seus braços ao meu redor agora.
Sussurrar-lhe que te amo, e me perder no seu olhar tão profundo.

Sempre que se sentir fraca leia isso."

Lembra? Poís é. Eu estou aqui.
O mundo não é feito de certezas, mas poucas certezas bastam.
Eu estou com você, brava, feliz, chata, (6), e TODO o resto.
Queria apenas que você soubesse disso, com a certeza que eu sei.

Eu te amo menina. Eu te amo mesmo.♥

Setembro.

Setembro é sempre um mês com grandes acontecimentos na minha vida.
Isso desde 2005.
Não sei o que esperar desse meu "doce" setembro.
Na verdade nem sei se devo esperar algo.
Mas é fato. Todo setembro algum fato bombástico muda completamente minha vida.

Vamos esperar, né?